70 anos após bombardeio a Hiroshima, sobreviventes ainda sofrem com câncer
Foto: Reprodução
O bombardeio à cidade de Hiroshima, no Japão, completa 70 anos nesta
quinta-feira (6). Apesar do tempo transcorrido, sobreviventes ainda
sofrem efeitos do ataque nuclear. De acordo com um estudo da Cruz
Vermelha, pelo menos 63% das pessoas que sobreviveram à bomba chamada
"Little Boy" morreram até 2014 devido ao câncer. Já entre os moradores
de Nagasaki, que foi bombardeada três dias depois, aproximadamente 56%
tiveram a mesma causa de morte até o último ano. "Devemos nos lembrar
dos horrores de Hiroshima e Nagasaki e do preço que civis inocentes
pagaram em um sofrimento indizível que não pode ser limitado pelo tempo.
É hora de livrar o mundo das armas mais destrutivas de todas e
certificar que nunca haverá outra tragédia humanitária como Hiroshima",
afirmou Robert Tickner, um dos chefes da Cruz Vermelha, ao jornal O
Globo. Ele defendeu ainda as armas nucleares devem ser banidas, assim
como armas biológicas, químicas e minas terrestres. A organização, que
tratou 10.687 sobreviventes da bomba apenas em 2014, afirmou que os
cânceres mais mortais foram de pulmão, estômago, fígado, leucemia,
intestino e linfoma maligno.
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