Modo de cozinhar arroz pode torná-lo menos calórico, garantem cientistas
Foto: Agência Senado
Cientistas americanos desenvolveram uma nova e simples forma de cozinhar arroz que pode reduzir até pela metade o número de calorias absorvidas pelo corpo. A ideia dos pesquisadores é que isto seja mais uma ferramenta de combate aos altos índices de obesidade, já que o alimento está presente na mesa de boa parte do mundo ocidental e oriental. A novidade será apresentada no Encontro Nacional da Sociedade Química Americana. A alimentação ruim, com o consumo de mais gorduras e açúcares, além da opção por mais carboidratos, como o arroz, que tem cerca de 240 calorias por xícara, foi algo que levou os pesquisadores a encontrarem formas de combater um problema crescente na saúde: o da obesidade. “Como a obesidade vem se tornando um problema crescente de saúde, especialmente em países em desenvolvimento, queríamos achar soluções com base na comida”, afirmou o autor da pesquisa, Sudhair James, da Faculdade de Ciências Químicas, no Sri Lanka. “Descobrimos que aumentar a concentração do chamado amido resistente (AR — a porção que resiste à digestão) é uma nova forma de resolver o problema. O amido é um dos componentes do arroz e pode ser encontrado de duas formas. Um deles é o amido digerível e o outro, o AR, que não é digerido no intestino delgado, onde os carboidratos são geralmente metabolizados em glicose e outros açúcares simples e absorvidos pela corrente sanguínea. Assim, os pesquisadores ponderaram que se pudessem transformar o amido digerível em AR, então poderiam reduzir a quantidade de calorias usadas no arroz”, explicou James. Para chegarem a esta descoberta, os estudiosos adicionaram uma colher de chá de óleo de coco na água fervente. Depois disso, cozinharam meia xícara de arroz na mistura. Logo depois, refrigeraram o arroz por 12 horas. O processo levou à produção de dez vezes mais AR que o usual. Sudhair James explica que o óleo penetra no amido durante o cozimento, modificando a arquitetura da substância de forma que ele se torne resistente à ação das enzimas digestivas. Com isto, menos calorias serão absorvidas pelo corpo. Ainda segundo o pesquisador, o resfriamento também é essencial para garantir o efeito.
Nenhum comentário