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'Tentaram calar a voz dela', diz irmã da vereadora Marielle Franco


Anielle Silva, irmã da vereadora Marielle Franco, durante coletiva em frente ao Instituto Médico-Legal Foto: Natália Boere / Agência O Globo

Anielle Silva, irmã da vereadora Marielle Franco, durante coletiva em frente ao Instituto Médico-Legal



Anielle Silva, irmã da vereadora Marielle Franco esteve no Instituto Médico-Legal (IML), no Santo Cristo, no Centro do Rio. Ela chegou ao loca por volta das 8h30m desta quinta-feira. Anielle disse que já fez o reconhecimento do corpo e que a família está muito abalada.
— Tentaram calar a voz dela, um sentimento de dor e de revolta por ela e pelo Anderson. Quero dizer que hoje a Maré com certeza chora, o Rio chora, o Brasil inteiro chora. Que a gente tenha Justiça. Ela só tinha um ano de mandato. Não tinha que ser assim, não era para ser assim. Vou lembrar dela com um sorrisão, uma pessoa muito boa, muito do bem, lutava muito pelas mulheres negras. A família está muito sentida. Ela não tinha sofrido nenhum tipo de ameaça — afirmou a irmã da vereadora.
O vereador Tarcísio Motta (PSOL), colega muito próximo de Marielle, também esteve no IML e disse que todos estão muito consternados.
— Foi um atentado à democracia, meu gabinete era lado do dela, éramos amigos, estamos aqui para ajudar e nos despedir da família e cobrar uma investigação da polícia, queremos entender os motivos que levaram à execução dela. Seja qual for, o motivo era inaceitável. Muita brutalidade, parece nos dar um recado, mas não vamos nos calar. Ela era uma pessoa do diálogo, carinhosa, fizemos campanha juntos, estávamos construindo coisas juntos, é uma perda para cidade do Rio, um atentado contra a democracia e vamos continuar defendendo as pautas dela, os direitos dos negros e das mulheres principalmente — destacou Tarcísio Motta.
A vereadora foi assassinada a tiros na noite desta quarta-feira após deixar um evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas", na Rua dos Inválidos, na Lapa. O crime aconteceu por volta das 21h30m na Rua João Paulo I, no Estácio, próximo à prefeitura do Rio. O motorista que estava com ela, Anderson Pedro Gomes, também foi morto na ação. Eles estavam acompanhados de assessora da vereadora, que foi atingida por estilhaços e levada para o hospital Municípal Souza Aguiar. A principal linha de investigação é a de execução.

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