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Salvador tem pior Atenção Básica entre capitais e entre grandes municípios baianos



por Renata Farias
Salvador tem pior Atenção Básica entre capitais e entre grandes municípios baianos
Foto: Divulgação / Agecom
A área da Saúde denominada Atenção Básica, que abrange o primeiro nível de atendimento à população, tem sido motivo de frequentes ataques do governo do Estado à prefeitura de Salvador. De acordo com levantamento feito pelo Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, em janeiro deste ano, o índice de cobertura populacional estimada na Atenção Básica da capital baiana foi de 38,24%. O número é o menor entre os municípios baianos com mais de 100 mil habitantes e também entre as capitais do Brasil. No entanto, a prefeitura de Salvador tem divulgado que o número atual é de 45%. Questionado sobre a incongruência nos dados, o secretário municipal da Saúde, José Antônio Rodrigues Alves, explicou ao Bahia Notícias que os resultados são divergentes por estarem baseados em diferentes portarias. “Quando nós assumimos, em janeiro de 2013, nesse mesmo site [e-Gestor Atenção Básica, do Ministério da Saúde], o número era 18,6%. Em 2014, eles fizeram a Atenção Básica Ampliada, foi exatamente quando fizemos a projeção de nossa cobertura. Pela projeção dos investimentos acertados com o Ministério da Saúde, nós temos 45% de cobertura”, explicou. O secretário acrescentou ainda que o mais importante, desde que o prefeito ACM Neto assumiu seu primeiro mandato, em 2013, é o crescimento observado na área. “Neste momento, pela portaria de 2014, nós temos 45%. Pela portaria atualizada, do ano passado, nós temos 39%. Em qualquer balizador que você use, tanto na nova portaria quanto na antiga portaria, tem um fato que é incontestável: nós saímos de 18% para cerca de 40%. É o maior crescimento de atenção básica entre as capitais do país”. No entanto, nota técnica no site do Ministério da Saúde explica que, para os cálculos, são utilizadas portarias 576 e 703, de 2011. O levantamento aponta que, em janeiro de 2013, a capital baiana registrava índice de 24,89% na cobertura populacional estimada na Atenção Básica. Considerando estes dados, Salvador é apenas a quarta capital com maior crescimento, atrás de Palmas (TO), Fortaleza (CE) e Campo Grande (MS). Na oportunidade, Rodrigues Alves reforçou o incremento na área da Saúde durante a gestão de Neto. “Para se ter uma ideia, em 2013, nós atendíamos por dia em nossos pronto-atendimentos 2,8 mil pessoas por dia. Hoje, nós realizamos por dia, nas nossas 14 unidades, 7 mil atendimentos. Para se ter uma ideia, em janeiro de 2013, os hospitais públicos estaduais faziam 4 mil atendimentos diários de munícipes de Salvador. Eles caíram para 3,5 mil porque esse é o objetivo da UPA, que o hospital sirva como retaguarda para problemas mais complexos, e a gente poder atender aquela baixa complexidade”, afirmou. Em janeiro deste ano, durante a reinauguração de uma Unidade de Saúde da Família (USF), o secretário declarou que a meta da prefeitura é alcançar 70% de cobertura da Atenção Básica até o início de 2019.

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