Brasileiro, motorista de aplicativo e detido por uso de arma de fogo: Saiba quem tentou matar Cristina Kirchner
Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, foi preso na noite desta quinta-feira em Buenos Aires após ter apontado uma arma contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. De acordo com autoridades locais, Montiel nasceu no Brasil, vive no país vizinho, mas tem família em São Paulo. Ele trabalha como motorista de aplicativo e possui antecedente criminal por porte de arma.
O documento de residência de Montiel na Argentina é dos anos 1990. O pai dele seria chileno e teria sido expulso do Brasil.
Segundo o jornal "La Nacion", em 17 de março do ano passado Montiel foi detido por porte de armas não convencionais. Na ocasião, ele foi flagrado com uma faca e alegou que a usava para defesa pessoal.
Montiel foi abordado por estar estacionado com um veículo sem a placa traseira. Ele justificou que a placa caiu "devido a um acidente de trânsito ocorrido dias atrás". Quando ele se abriu a porta para pegar a documentação do carro, uma faca de 35 centímetros de comprimento caiu no chão.
Tentativa de assassinato
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu uma tentativa de atentado na noite desta quinta-feira, segundo informações da imprensa local. O ataque ocorreu em frente à sua casa, em Buenos Aires, onde um homem a abordou com uma arma de fogo, que teria falhado na hora do disparo.
Cristina estava conversando com apoiadores em frente à sua residência, no bairro da Recoleta, na capital argentina, quando foi abordada por um homem armado. O sujeito foi preso imediatamente e será transferido para uma delegacia de polícia, onde será interrogado, informou o ministro da Segurança, Aníbal Fernández. Ainda de acordo com ele, a arma já está em posse da polícia.
No vídeo transmitido pelo canal C5N, que deu a notícia em primeira mão, é possível ver o momento em que os agentes que protegem a chefe do Senado encurralam o homem, avisados pelos manifestantes.
Desde a semana passada, apoiadores têm feito vigília em frente à casa da vice-presidente, que enfrenta um julgamento sob a acusação de corrupção e um pedido do Ministério Público de 12 anos de prisão e inabilitação política perpétua. No sábado, milhares de pessoas também se manifestaram em praças e avenidas da Argentina.
A também senadora de 69 anos foi acusada no início da semana passada dos crimes de associação ilícita e administração fraudulenta para beneficiar um empresário em licitações públicas quando era presidente do país, de 2007 a 2015. O veredicto da Justiça deve sair até o final do ano, e, caso condenada, Cristina, que hoje tem imunidade, poderá recorrer à Corte Suprema argentina.
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