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Integrante dos "Beatles", célula do grupo Estado Islâmico, declara inocência em Londres

 Iraquiano chora sobre cadáveres de vítimas do Estado Islâmico na cidade de Tikrit, em 2015

Iraquiano chora sobre cadáveres de vítimas do Estado Islâmico na cidade de Tikrit, em 2015 Foto: Ahmad Al-Rubaye/AFP
AFP

Membro da célula do grupo extremista Estado Islâmico (EI) conhecida como "Beatles" - especializados na tortura e execução de reféns ocidentais na Síria -, o britânico Aine Davis se declarou inocente nesta sexta-feira (10), durante seu julgamento em Londres.

Davis, de 39 anos, foi acusado de posse de arma de fogo entre julho de 2013 e janeiro de 2014 "para fins relacionados ao terrorismo", além de duas acusações vinculadas ao financiamento de atividades terroristas.

O réu se declarou inocente das três denúncias, em audiência perante o juiz Mark Lucraft, no Tribunal Criminal Central de Londres.

Por ordem do magistrado, ele permanecerá em prisão preventiva até a próxima audiência, marcada para 18 de abril.

Davis foi detido em novembro de 2015 na Turquia e condenado em um tribunal local a sete anos e meio de prisão por crimes relacionados ao "terrorismo".

Após ser libertado, ele foi deportado e preso novamente em agosto passado ao chegar no aeroporto de Luton, em Londres.

Durante seu julgamento na Turquia, Davis negou ter pertencido à célula dos "Beatles".

Apelidados com o nome da famosa banda de rock britânica por serem quatro homens com sotaque britânico, eles atuaram na Síria entre 2012 e 2015 e ganharam fama ao registrar as execuções de seus reféns em vídeos de propaganda.

O britânico Mohamed Emwazi, apelidado de "Jihadi John", foi o integrante mais famoso do grupo e morreu em 2015 em um ataque realizado por um drone americano na Síria. Ele aparecia encapuzado em vários vídeos em que cortava a garganta de seus reféns, vestidos com roupas alaranjadas.

Estes jihadistas cresceram e se radicalizaram em Londres. Os "Beatles" são acusados de supervisionar a detenção de 27 jornalistas e trabalhadores humanitários procedentes de Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França, Itália, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Japão, Nova Zelândia e Rússia.

Os outros membros deste grupo, El Shafee el Sheikh e Alexanda Kotey, foram condenados à prisão perpétua por um tribunal dos EUA no ano passado, após serem presos pelas forças curdas sírias em 2018.

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