Decisão judicial favorece cultivo de camarão na Bahia
Foto: Reprodução/ Secom
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu, a pedido da
Procuradoria Geral do Estado (PGE), a execução da sentença que
comprometia cultivo de camarão na Bahia. A decisão contestada pela PGE
transferia para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto do Meio Ambiente (IMA) a
função de liberar e renovar licenças ambientais para a atividade de
carcinicultura (cultivo de camarão). Além disso, a decisão determinava
que as licenças só fossem concedidas aos laboratórios de larvas e aos
referidos empreendimentos se precedidas de Estudo de Impacto Ambiental
(EIA) e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (Rima), independente do
tamanho empreendimento. A sentença, que afastou a possibilidade de
licenciamento simplificado, considerou a atividade potencialmente
causadora de significativa degradação ao meio ambiente em função dos
métodos utilizados. Até 2011, segundo a Associação Brasileira de
Criadores de Camarão (ABCC), o estado da Bahia era o terceiro maior
produtor de camarão do País. Porém, após a decisão judicial, a produção
caiu de 7.050 para 2 mil toneladas, afastando investidores, já que se
tornou mais viável investir em outro estado onde não se exigia o
EIA/Rima, que custa cerca de R$ 80 mil para empreendimentos de até 50
hectares. Diante da situação, a Procuradoria Geral do Estado requereu a
suspensão da execução da sentença sustentando que a decisão teria
acarretado sérios danos sociais e econômicos ao estado, tendo em vista o
aumento do índice de desemprego, a diminuição de renda e o êxodo rural.
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