Droga que aumenta libido feminina não pode ser comparada a Viagra
Foto: Divulgação
A nova droga voltada para a libido das mulheres, o Addyi (flibanserina), aprovado no último dia 18
pela Food and Drug Administration (FDA, responsável pelo controle de
alimentos e medicamentos nos Estados Unidos), não pode ser chamado de
“Viagra feminino”, como tem sido anunciada. Segundo informações do
jornal Folha de S. Paulo, a substância tem efeito diferente: o principal
estudo que baseou a aprovação do Addyi, as mulheres que não tomavam a
medicação relatavam ter 2,6 relações sexuais por mês, enquanto as que
tomavam placebo informavam 4,2 relações por mês. As que recebiam Addyi
relataram 5 relações, apenas uma a mais do que o efeito placebo. Já em
relação ao Viagra, 74% dos que tomaram o medicamento informaram melhora
da disfunção erétil – a evolução dos que receberam o placebo foi de
apenas 27%. Ainda segundo Folha, especialistas questionam a metodologia
dos estudos. Havia duas maneiras de saber sobre a frequência de transas
das mulheres: por meio de um diário ou de um questionário ao fim do
período avaliado. Apesar do primeiro método ser mais confiável, não se
percebeu diferença em relação ao placebo. Por fim, o Addyi e o Viagra
são medicamentos de classe diferentes: o primeiro busca aumentar o
desejo sexual, modificando o equilíbrio dos neurotransmissores dopamina e
noradrenalina. Já o Viagra não atua sobre o desejo sexual, por meio da
dilatação dos vasos dos corpos cavernosos do pênis.
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