Inspetora que fez prisão usando salto alto conta: ‘Pra mim, é como se fosse sandália de dedo’
Nos
pés, salto fino de 11 centímetros, combinando com a calça justa e o
casaco estampado. Na mão direita, a pistola usada para render um homem
que, em pleno Centro do Rio, atacava outro usando um estilete. Nada fora
da rotina para a inspetora Luciana Campos de Carvalho, lotada na 119ª
DP (Rio Bonito).
— Eu estava de folga, mas sempre trabalho assim.
Só uso tênis quando tem alguma operação. Pra mim, o salto alto é como se
fosse sandália de dedo — brinca a loura de 1,70m e 32 anos.
ADVERTISEMENT
O
suspeito que recebeu voz de prisão é Valbner Rogério Ferreira Silva, de
44 anos. A vitima era um homem que, horas antes, testemunhara contra
ele em um registro por ameaça feito na 6ª DP (Cidade Nova). Autuado em
flagrante por tentativa de homicídio, Valbner passou a noite na
carceragem da 5ª DP (Mem de Sá), para onde foi levado por Luciana e por
dois PMs acionados pela própria policial.
— Moro em Rio Bonito,
mas vim procurar coisas para a festa de aniversário do meu filho. Quando
vi a movimentação, joguei o carro na faixa dos ônibus e desci correndo.
Não sei nem se fui multada. Acabei passando o dia na delegacia e não
comprei nada, mas não tem problema — garante a inspetora.
Essa
não foi a primeira vez que Luciana chamou a atenção pela beleza e pela
eficiência em serviço. Há dez anos, três depois de ingressar na Polícia
Civil, ela protagonizou uma reportagem sobre musas da corporação. No fim
do ano passado, após ajudar na prisão de um dos acusados de ter
assaltado o sítio do deputado estadual Paulo Melo, uma foto da inspetora
e de uma colega ao lado do suspeito rodou as redes sociais acompanhada
de comentários elogiosos — tanto ao trabalho quanto aos atributos
físicos de ambas. O mesmo voltou a acontecer nesta quarta-feira, quando a
cena no Centro do Rio foi registrada em vários cliques enviados ao
WhatsApp do EXTRA (21 99644-1263 e 21 99809-9952).
— As pessoas
não estão muito acostumadas a ver uma mulher nesse meio, mas nunca tive
nenhum problema. Na verdade, a gente nem liga para esse lado quando está
trabalhando, e até se acostuma — diz.
Aos criminosos, fica a certeza: mãos — e salto — ao alto.
Nenhum comentário