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Jaques Wagner diz que ‘assina embaixo’ do discurso de Temer: ‘Fala dele foi o óbvio’


BRASÍLIA — O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse que ter uma "relação excelente" com o vice-presidente Michel Temer e que "assina embaixo" de suas declarações a respeito de não adotar nenhuma postura de desgaste da presidente Dilma Rouseff. O petista Jaques Wagner disse até que Temer "falou o óbvio" ao afirmar que seria difícil Dilma resistir a mais três anos de governo com uma popularidade tão baixa. Ao ser perguntado como estava o clima entre o PMDB e o governo, o ministro brincou:
— Acho que (o clima) está bom para melhorar.

Ele disse ter um excelente relacionamento com Temer.
— Pessoalmente, não tenho constrangimento e continuo assinando embaixo das declarações dele. Temer é um homem que tem história, é um constitucionalista. Tem muita gente que gostaria de intrigá-lo e tenho certeza de que todo o trabalho que ele está fazendo é no sentido de desfazer essa intriga. Comigo, a conversa foi exatamente essa, de que não está fazendo movimento neste sentido (de desgastar o governo). Quanto à outra declaração, as pessoas quiseram dar conotação diferente. A fala dele foi o óbvio. Se alguém lhe pergunta: é tranquilo ter 7%. 8% de popularidade? Não, não é — disse o ministro, acrescentando:
— É óbvio que nós, todas as pessoas que estão no governo, estamos trabalhando para que a popularidade e a aceitação do governo cresça. Ninguém acha bom ter 7%, 8%, 9% (de popularidade). Tenho certeza de que dá para terminar (o governo), porque já, já a gente começa o processo de recuperação.
Jaques Wagner disse que deverá acompanhar Temer numa viagem à Rússia. Ele ainda minimizou a ausência de ministros do PMDB.
— Não tinha nem reparado (nas ausências). Não é uma obrigação comparecer, até porque muitos vão participar nos seus estados. Não dou nenhuma conotação a isso — disse o ministro.
MINISTRO DEFENDE COLEGAS
O ministro Jaques Wagner saiu em defesa dos colegas Edinho Silva e Mercadante, cuja investigação na Operação Lava-Jato foi autorizada. Mas ele admitiu que a situação mudaria em caso de haver denúncia no futuro.
— Enquanto for investigação, não vejo problema. Se fosse uma denúncia, é diferente. Qualquer julgamento agora é precipitado. Se eles forem denunciados, aí é uma outra questão. Por enquanto, vamos ficar na investigação. Não há constrangimento — disse.

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