TSE autoriza registro da Rede Sustentabilidade
por Beatriz Bulla | Estadão Conteúdo
Foto: Divulgação
Quase dois anos depois de ter o registro barrado pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), a Rede Sustentabilidade conseguiu nesta
terça-feira (22) autorização para atuar como partido político. O
plenário da Corte eleitoral autorizou por unanimidade o registro da
sigla idealizada pela ex-ministra Marina Silva. Com a decisão,
candidatos do partido podem estrear nas urnas já nas eleições de
2016. Em outubro de 2013, o Tribunal negou a criação da Rede pelo fato
de o grupo não ter apresentado o mínimo de assinaturas certificadas
exigidas. Na ocasião, o partido teve apoio de 442 mil eleitores em
assinaturas validadas, menos do que o mínimo de 491 mil. Sem a criação
da sigla, Marina Silva se filiou ao PSB nas eleições de 2014 e disputou a
presidência da República após a morte de Eduardo Campos. O partido
apresentou mais de 56 mil assinaturas de apoiamento para pedir que o
Tribunal analisasse novamente o pedido de registro e, ao final, teve
validado um total de 498 mil. Integrantes da Rede lotaram a plateia do
TSE para assistir o julgamento. Marina Silva assistiu à sessão da
primeira fileira de cadeiras. O relator do caso, ministro João Otávio de
Noronha, disse que o partido precisará adequar artigos do estatuto à
jurisprudência do TSE, o que não impede o registro do partido. Ele disse
não ter exigido a mudança antes do julgamento para não atrasar o
registro, o que implicaria em "perda da oportunidade de participar das
próximas eleições". Em forte comemoração, os integrantes do partido
choraram após o resultado do TSE e permaneceram fora do plenário do
Tribunal para abraçar Marina Silva. Políticos do PSB, como Rodrigo
Rollemberg, governador do Distrito Federal, e Beto Albuquerque, que foi
vice na chapa encabeçada por Marina na disputa presidencial de 2014,
também assistiram a sessão ao lado da ex-ministra.
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