Após aprovação da MP 665, Paulo Paim anunciou que deve pedir uma licença do mandato
BRASÍLIA - Após o fim da votação e aprovação no Senado da MP 665, que muda as regras do seguro-desemprego e do abono salarial, o senador Paulo Paim (PT-RS) disse que essa foi uma das piores noites de sua vida e anunciou que deve pedir uma licença do mandato. Ele também pediu que as ruas se mobilizem contra essas medidas aprovadas.
- Essa foi uma das piores noites da minha vida. Estou desnorteado. O governo está sem rumo e está levando o PT junto. As ruas precisam reagir. Nós vamos ao Supremo - desabafou Paim.
Além de Paim, os senadores pretistas Walter Pinheiro (BA) e Lindbergh Farias (RJ) também votaram contra o ajuste fiscal proposto pelo governo.
A votação da MP foi apertada: o texto foi aprovado sem alterações por 39 votos a favor e 32 contra, e agora o texto vai à sanção da presidente Dilma. Pelo texto aprovado, o trabalhador terá direito ao seguro-desemprego se tiver trabalhado por pelo menos 12 meses nos últimos dois anos. O prazo inicial proposto pelo governo era de 18 meses. Antes, o trabalhador precisava de apenas seis meses.
Para o trabalhador poder pedir o benefício pela segunda vez, ele terá que comprovar nove meses de atividade. O terceiro pedido poderá ser feito com seis meses de atividade.
No caso do abono salarial, o texto diz que o benefício será pago de forma proporcional ao tempo trabalhado. Terá direito ao benefício o trabalhador que ganha até dois salários mínimos e tenha ficado empregado por três meses. Mas o governo já anunciou que vetará o prazo de carência de 90 dias e retomará o prazo de 30 dias.
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