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CPI da Petrobras fará acareação entre Renato Duque e Vaccari Neto em Curitiba




CURITIBA - No terceiro dia de atividades da CPI da Petrobras na capital paranaense, os parlamentares irão promover uma acareação entre o ex- diretor da área de serviços da estatal, Renato Duque, e do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ambos estão presos no Complexo Médico-Penal em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba e são investigados pela Operação Lava-Jato. Também participará da acareação o ex-executivo da Toyo Setal, Augusto Mendonça Neto, que, em delação premiada afirmou que parte do dinheiro desviado da estatal era pago como propina à Renato Duque, que repassava um percentual dos valores como doação oficial de campanha ao PT. Os deputados querem confrontar versões e tentar elucidar se algum dinheiro desviado da Petrobras irrigou a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição no ano passado.
Além dos três, os deputados também pretende. ouvir o publicitário Ricardo Hoffman, ex-vice presidente da agência Borgui Lowe. Hoffman atuaria no desvio de dinheiro operado pelo ex-deputado federal pelo PT André Vargas na Caixa Econômica Federal e no Ministério da Saúde. Também prestará depoimento o lobista Fernando Moura, apontado pela Polícia Federal como sócio do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Nesta terça-feira, os parlamentares ouviram o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht. Respondendo a deputados que o tratavam com deferência e cerimônia, diferentemente do que tem acontecido com outros réus da Operação Lava-Jato, Marcelo se recusou a entrar em detalhes sobre as acusações de cartel e corrupção que recaem sobre ele e a empreiteira e descartou que fará uma delação premiada já que, segundo ele, “não há o que dedurar”. Na segunda-feira, a CPI tentou ouvir José Dirceu, que preferiu se manter calado. Dirceu acabou indiciado ontem na Operação Lava-Jato por corrupção, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

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