Governo afrouxa e órgãos podem contratar até 50 funcionários pelo Reda
Foto: Max Haack/Ag. Haack/Bahia Notícias
O governador Rui Costa (PT) estendeu de dez para 50 o limite de
funcionários que os órgãos estaduais podem contratar por meio do Regime
Especial de Direito Administrativo (Reda). Legislação aprovada no final
do governo Jaques Wagner (PT) determinava que o órgão interessado em
contratar mais de dez temporários era obrigado a fazer uma seleção
pública, com prova escrita de conhecimento específico. Conforme decreto
da gestão do governador Antônio Carlos Magalhães, os contratos de
prestação de serviço do Reda têm prazo de dois anos, renováveis por mais
dois. À Folha, o secretário de Administração da Bahia, Edelvino Góes,
afirmou que a lei aprovada em 2014 foi reavaliada para poupar recursos e
dar celeridade à contratação de temporários. Segundo ele, o processo de
contratação de uma empresa para fazer seleção pública leva em torno de
dois meses, além do prazo para realização da prova, resultados e
possíveis recursos para contestar questões. E, de acordo com Góes, nem
sempre o arrecadado com as inscrições é suficiente para bancar a
contratação da empresa organizadora. O membro da Comissão de Defesa do
Concurso Pública da Ordem dos Advogados do Brasil, Waldir Santos, vê a
medida como burla ao concurso. "A Bahia vive a institucionalização de
uma irregularidade permanente, que contraria a regra do concurso
público", afirmou à Folha. Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia é o segundo estado com maior
número de funcionários temporários no governo e nas prefeituras - 131
mil, entre Reda e PST (Prestação de Serviço Temporário) -, perdendo
apenas para Minas Gerais.
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