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‘Gêmea embrionária do mal’ é retirada do cérebro de jovem americana

Amigos criaram uma página para levantar dinheiro suficiente para que Yamini pudesse ir para LA para passar pela operação
Amigos criaram uma página para levantar dinheiro suficiente para que Yamini pudesse ir para LA para passar pela operação Foto: Reprodução/Arquivo pessoal



O Globo

RIO - Uma jovem americana de 26 anos, Yamini Karanam, foi submetida a uma cirurgia para remover o que ela chama agora de “irmã gêmea embrionária do mal” de seu cérebro que tinha desenvolvido cabelo, ossos e dentes. A doutoranda na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, disse que ela começou a apresentar dificuldades cognitivas em setembro do ano passado.
“[Eu] comecei a ter problemas com a compreensão de leitura, compreensão auditiva. Se duas pessoas estavam conversando em uma sala, eu não entendia o que estava acontecendo”, Yamini afirmou, descrevendo seus sintomas à NBC.
Ela foi diagnosticada com um tumor pineal, mas os médicos lutavam para chegar a um acordo sobre se o tumor era operável devido à localização em seu cérebro. A indecisão levou a jovem a entrar em contato com Hrayr Shahinian no Instituto da Base do Crânio em Los Angeles para pedir ajuda. O médico desenvolveu um procedimento minimamente invasivo que lhe permitiu chegar ao cérebro e retirar o tumor.
“Ao contrário de uma cirurgia tradicional no cérebro, em que você abre o crânio, usa retratores de metal e traz um microscópio para ver nas profundezas, o que estamos fazendo é a cirurgia do buraco da fechadura”, explicou ele. “Queremos entrar e sair sem o cérebro saber que estávamos lá, e eu acho que essa é a beleza dessa técnica.”
Enquanto isso, seus amigos criaram uma página para levantar dinheiro suficiente para que Yamini pudesse ir para LA para passar pela operação, que custou $ 32,437 (cerca de R$ 97.000).
O especialista operou a jovem usando o método e descobriu o tumor era na verdade um teratoma raro, sua irmã gêmea embrionária, e tinha ossos, dentes e cabelos.
Um teratoma é um tipo de tumor de células germinativas que normalmente contêm tecidos encontrados em órgãos. Acredita-se que ele está presente no nascimento, mas muitas vezes não é visto até mais tarde na vida da pessoa.
Esse foi somente o segundo teratoma que o médico retirou após a realização de entre 7 mil e 8 mil operações ao longo de sua carreira.


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