Com dono preso, Odebrecht diz que ação da PF foi ‘desnecessária’

Foto: Reprodução / Brasil 247

Alvo da 14ª fase da Operação Lava Jato, a construtora Odebrecht – cujo dono e presidente, Marcelo Odebrecht, e diretores foram presos nesta sexta-feira (19) pela Polícia Federal, considerou a ação “desnecessária”. Em nota, a empreiteira informou que “sempre esteve à disposição das autoridades” e confirmou que foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em escritórios da empresa em São Paulo e no Rio de Janeiro. “Como é de conhecimento público, a CNO [Construtora Norberto Odebrecht] entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”, diz trecho da nota divulgada pela assessoria da empreiteira. Segundo a coluna Radar Online, a PF chegou a preparar um helicóptero, temendo a fuga de Marcelo Odebrecht. O equipamento, contudo, não precisou ser usado. Já a Andrade Gutierrez negou qualquer relação com o esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras, investigado pela operação. Também em nota, a construtora disse estar prestando “todo o apoio necessário” aos seus executivos presos. “A empresa informa ainda que está colaborando com as investigações no intuito de que todos os assuntos em pauta sejam esclarecidos o mais rapidamente possível. A Andrade Gutierrez reitera, como vem fazendo desde o início das investigações, que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Operação Lava Jato e espera poder esclarecer todas os questionamentos da Justiça o quanto antes”, diz o texto, segundo a Agência Brasil. Ao todo, agentes da Polícia Federal estão cumprido 59 mandados judiciais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, sendo 38 de busca e apreensão, nove mandados de condução coercitiva, oito de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.