Lava Jato: Presidente da Andrade Gutierrez e mais oito são indiciados
Foto: Divulgação
Nove pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, investigado na Operação Lava Jato. Segundo O Globo, o relatório entregue à Justiça neste domingo (19) aponta, entre os indiciados, o presidente da construtora Andrade Guiterrez, Otávio Marques de Azevedo, e o executivo Elton Negrão, que já estão presos na carceragem da PF em Curitiba. Também terminou no fim de semana o prazo para a PF apresentar o relatório das investigações contra a empresa Odebrecht. Após a entrega desse relatório, o Ministério Público Federal tem cinco dias para analisá-lo e apresentar a denúncia. Depois, o juiz Sérgio Moro vai decidir se aceita o pedido do MPF, fazendo com que os empreiteiros virem réus e passem a ser formalmente acusados pela prática dos crimes. No documento, encaminhado Ministério Público Federal (MPF), o delegado Eduardo Mauat da Silva admite que os agentes não analisaram todo material apreendido nos endereços ligados aos investigados, mas já aponta indícios de irregularidades em quatro contratos firmados entre a empreiteira e a Petrobras entre 2008 e 2011.De acordo com a investigação, os resultados das licitações teriam sido determinados previamente pelo cartel montado pelas empresas envolvidas no esquema. A matéria de O Globo aponta que o presidente da Andrade foi indiciado por comprar uma lancha para Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema. Em depoimento à PF, Otávio Marques de Azevedo havia negado ter relações de amizade com o lobista, mas não explicou porque, em 2012, vendeu um barco de sua propriedade para Baiano por R$ 1,5 milhão. Segundo a matéria, também foram indiciados Rogério Nora de Sá, ex-presidente do grupo, e os ex-executivos Antônio Pedro Campello de Souza e Paulo Roberto Dalmazzo e os operadores Flávio Lúcio Magalhães, Mário Goes, Lucélio Goes e Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Em nota, a Andrade Gutierrez reafirma “que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Lava-Jato”. “A empresa reitera que nunca participou de formação de cartel ou fraude em licitações, assim como nunca fez qualquer tipo de pagamento indevido a quem quer que seja. A empresa reafirma ainda que não existem fundamentos ou prova que justifiquem a prisão e o indiciamento de seus executivos e ex-executivos. A Andrade Gutierrez volta a afirmar que sempre esteve à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e esclarecer todas as dúvidas o mais rapidamente possível, restabelecendo de vez a verdade dos fatos e a inocência da empresa e de seus executivos”.
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