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Eduardo Cunha sai em defesa de Dilma ao comentar 'pedaladas fiscais'


Eduardo Cunha saiu em defesa de Dilma ao comentar ‘pedaladas fiscais’
Eduardo Cunha saiu em defesa de Dilma ao comentar ‘pedaladas fiscais’ Foto: Ailton de Freitas / Arquivo Agência O Globo
Mariana Sanches* - O Globo

COMANDATUBA (BA) - Cercado por empresários que se mostraram desejosos de um impeachment e elogiado pela cúpula do 14º Fórum de Comandatuba, na Bahia, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff ao comentar as 'pedaladas fiscais' da gestão petista.
- O que vocês (jornalistas) chamam de pedalada é a má prática das contas públicas, de adiar pagamentos pra fazer superávits primários que não correspondem à realidade. (Isso) vem sendo praticado ao longo dos últimos, 10, 12, 15 anos, indefinidamente - afirmou Cunha, minimizando o assunto.
Neste sábado o ministro do TCU, Augusto Nardes, afirmou no mesmo fórum que a presidente Dilma poderia ser legalmente responsabilizada pelas manobras fiscais. Já o presidente da Câmara concluiu que até o momento não há motivos para aceitar um eventual pedido de impedimento de Dilma com base nas contas públicas. Qualquer processo de impeachment depende da aprovação da Câmara dos Deputados para ser iniciado.
- É um erro (pedaladas) com o qual eu não concordo, mas eu, sinceramente, não vejo isso no mandato passado para sustentar um pedido de impeachment. Mas vamos analisar com todo o respeito qualquer pedido que vier - disse Cunha.
Eduardo Cunha, no entanto, criticou a gestão Dilma ao dizer que o número de ministérios é excessivo. São 39 no total. Tramita no Congresso um projeto de lei de autoria do deputado que prevê que o Legislativo possa intervir para reduzir o número de pastas no Executivo. A proposta é polêmica e pode ser considerada inconstitucional por desrespeitar a separação entre os poderes.
Também presente ao 14º Fórum de Comandatuba, o recém empossado ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, também do PMDB, mostrou discordância em relação ao projeto.
- Acho que é excessivo o número de ministérios mas entendo que a prerrogativa é do poder executivo. Mas o debate é público - disse Alves, para quem o Ministério do Turismo não será um dos que estará na berlinda em caso de redução das pastas.
* A repórter viajou a convite do 14º Fórum de Comandatuba.




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