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Tradicional na Semana Santa, peixe protege o coração e faz bem à memória e à visão

Sardinha com arroz de brócolis: peixes são fonte de ômega-3
Sardinha com arroz de brócolis: peixes são fonte de ômega-3 Foto: Divulgação / Mironga



Camilla Muniz

Como manda a tradição, Sexta-feira Santa é dia de comer peixe. Se o alimento é o prato principal à mesa hoje, no resto do ano a situação é diferente. No Brasil, muitas pessoas ainda não consomem pescado na frequência recomendada pelo Ministério da Saúde, de duas vezes por semana, pelo menos. A ingestão regular garante benefícios como redução do risco de doenças cardiovasculares e dos níveis de ansiedade, além de melhora da memória e da visão.
De acordo com a nutricionista Maria Fernanda Elias, da DSM, o baixo consumo de peixe provoca carência de nutrientes dos quais ele é a principal fonte, como o ácido docosahexaenoico (DHA), um tipo de ômega-3. A substância é responsável pela formação de 97% da estrutura cerebral. Por isso, é extremamente importante para crianças, para grávidas, por causa do desenvolvimento fetal, e para mulheres que estão amamentando.
— O DHA tem papel fundamental na saúde desde a infância até a idade adulta. Estudos mostram que níveis baixos do nutriente no sangue estão relacionados ao maior risco de Alzheimer e perda de memória — diz Maria Fernanda, doutora em ciências pela Universidade de São Paulo.
Pesquisas também já apontaram que a suplementação de DHA deixa as crianças mais calmas e concentradas na escola. Em gestantes, esse tipo de ômega-3 ainda provou ajudar na redução da ansiedade e na promoção do bem-estar. A Organização Mundial da Saúde indica a ingestão de 200 a 300 miligramas da substância por dia.
Apesar de saboroso e versátil, o peixe ainda é motivo para muitos pequenos torcerem o nariz na refeição. Segundo a nutricionista, o ideal é investir em preparações criativas, como pirões e bobós, em vez de apresentar o alimento inteiro.
— Além disso, é preciso dar o exemplo. Não adianta os pais quererem que os filhos comam algo que eles mesmos não consomem — afirma.


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