Líder do PSDB defende cassação de Dilma e convocação de novas eleições
BRASÍLIA - Em um discurso inflamado na tribuna do Senado nesta quinta-feira, o líder do PSDB na Casa, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) casse os mandatos da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer. Assim, assumiria o cargo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e novas eleições seriam convocadas. O tucano reagiu às críticas feitas por Humberto Costa de que o PSDB está associado a Cunha e que aposta no "quanto pior, melhor".
— Acreditamos firmemente que, já no próximo semestre, haverá o julgamento que poderá cassar o diploma da presidente Dilma Rousseff e o do Vice-Presidente Michel Temer. Assume, pelo comando constitucional, por três meses, o presidente da Câmara — disse depois de citar as pedaladas fiscais avaliadas pelo Tribunal da Contas da União (TCU) e as investigações da Operação Lava-Jato.
Cunha Lima também voltou a defender que a presidente renuncie ao mandato para evitar uma crise de governabilidade.
— O que poderia fazer a presidente Dilma em nome de um pouco de espírito público que possa ter? Renunciar ao mandato, para que, com isso, possamos ter novas eleições. É o que nós estamos defendendo.
Em caso de renúncia, porém, a legislação determina que o vice-presidente assuma, não havendo a necessidade de novas eleições.
Depois dos ataques feitos por Costa ao presidente da Câmara por conta da aprovação da redução da maioridade penal, o tucano saiu em defesa de Cunha.
— Eduardo Cunha é base do governo. Foi eleito presidente da Câmara disputando contra uma candidatura do PT, mas o PMDB é base do governo. O vice-presidente da República, Michel Temer, é do PMDB, e, sem o PMDB, seguramente, as condições mínimas de governabilidade da presidente Dilma desapareceriam — afirmou.
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