Anulação de sentença de jovem que matou melhor amiga a facadas revolta família da vítima
A família da estudante mexicana Anel Báez, de 16 anos, morta pela melhor amiga com 65 facadas em 2014, organiza um abaixo assinado contra uma decisão tomada pela Justiça mexicana de anular a sentença que condenava Erandy Gutiérrez, a autora do crime, também de 16, a sete anos de prisão. A anulação, segundo o pai da vítima, Hugo Báez, aconteceu porque o juiz considerou que o crime ocorreu na cidade de Guamuchil e não no município Culiacan, onde foi registrado. Indignado com a decisão, Hugo organizou o protesto que deve ser endereçado à procuradoria do estado de Sinaloa, onde ficam as duas cidades.
“Não é possível que a Justiça favoreça esse tipo de criminosos. Exigimos justiça. Cada vez mais nossa sociedade está mais descomposta e cada vez mais jovens cometem atos de atrocidade. E se fosse sua filha? Sua neta? Impensável que fique livre e ande pelas ruas tranquilamente. Justiça para Anel e sua família”, escreve Hugo, no abaixo assinado virtual.
Enquanto aguarda novo julgamento, Erandy permanecerá detida no centro de reabilitação para menores de Culiacan. A defesa da acusada, que confessou a autoria do crime, tenta reduzir a pena. No primeiro julgamento, a jovem foi condenada à pena máxima prevista pela lei mexicana a menores de idade: sete anos de internação.
Relembre a história
Em março de 2014, Erandy foi até a casa da melhor amiga para matá-la a facadas. O motivo, segundo a acusada, foi que Anel divulgou uma foto dela nua na internet. Os agentes não tiveram dificuldade para ligá-la ao crime uma vez que a assassina já havia usado o o Twitter para ameaçar Báez. “Posso parecer muito calma, mas na minha cabeça, já te matei três vezes” e “vou te enterrar até o final deste ano”, escreveu a mexicana no microblog.
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