Defesa de Dilma entra com novo recurso para tentar anular impeachment
por Isadora Peron | Estadão Conteúdo
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
A defesa da presidente afastada Dilma Rousseff protocolou nesta
segunda-feira (15) um novo recurso para tentar anular o processo de
impeachment. Desta vez, a peça questiona a sessão de pronúncia,
realizada na terça-feira da semana passada, quando os senadores
decidiram que a petista deveria ser julgada por cometer crime de
responsabilidade. O argumento jurídico é que, as questões preliminares
apresentadas pela defesa deveriam ter sido apreciadas separadamente,
conforme as regras do Código de Processo Penal, e não globalmente, como
permite o Regimento do Senado. "Todas as preliminares foram rejeitadas,
em uma única votação. Teriam sido rejeitadas, se cada uma tivesse sido
analisada per se, como exigem as boas e intransponíveis regras de
processo? A metodologia procedimental adotada, ao seguir-se o regimento
do Senado Federal e não o Código de Processo Penal, impediu que se
pudesse conhecer esse resultado. Se votada separadamente das demais,
algumas das preliminares teriam sido aceitas? Impossível saber", afirma a
defesa. O recurso vai ser analisado pelo presidente do Supremo Tribunal
Federal, Ricardo Lewandowski, responsável por conduzir o processo de
impeachment. O julgamento final do processo está marcado para começar no
próximo dia 25.
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