Oeste: Empresários da agropecuária são alvos de operação da PF
por Cláudia Cardozo
Getulhão era o principal articulador do grupo | Foto: TV Web Barreiras
Empresários do ramo agropecuários são os principais alvos da
operação “Oeste Legal”, deflagrada na manhã desta quinta-feira (25), no
oeste baiano para desarticular um grupo que pratica grilagem de terras (clique aqui e saiba mais).
De acordo com a Polícia Federal, os investigados são Vicente Toyoko
Okamoto, proprietário da Algodoeira Goeire e Assaimenka Indústria de
Alimentos Ltda. Okamoto, segundo a polícia, veio do sul do país para
grilar terras no oeste, usando poderio econômico para fraudar e burlar o
que fosse necessário. A polícia ainda informou que, mesmo sendo
desarticulado o ato criminoso pelo Ministério Público, a grilagem de
terras na região continuou ocorrendo. O empresário Nelson José Vigolo,
da Bom Jesus Agropecuária, também é um dos investigados. Em nota, foi
informado que o empresário continuou com o esquema de grilagem após
Okamoto deixar o grupo. No Mato Grosso, Vigolo é conhecido como um dos
maiores grupos grileiros, fazendo negócios com as terras griladas, dando
golpes no sistema financeiro federal, nos estados e no exterior. O
grande articulador do grupo, segundo a PF, é Getúlio Vargas da Fonseca,
conhecido como Getulhão. Ele utiliza da força, pistolagem, invadindo e
intimidando pessoas, até mandando matar que se intervém contra a
organização criminosa e negocia as terras de grilagem a terceiros. Ele
já foi preso no Piauí, durante a Operação Mercadores. O filho de
Getulhão, Getúlio Vargas da Fonseca Filho, também está envolvido nos
casos de grilagem, por usar várias empresas, ocultar valores arrecadados
em transações bancárias e financeiras oriundas das terras adquiridas
com as fraudes, fazendo fortuna com o golpe. Outro envolvido no esquema é
o secretário do Meio Ambiente de Formosa do Rio Preto, Mario Eduardo
Mignot, por utilizar o cargo para facilitar as atividades do grupo,
despachando decisões administrativas. O capitão Getúlio Cardoso Reis,
também é alvo da operação por atuar junto a advogados e usar amizades
políticas para tentar legalizar as falsas ações no TJ-BA. O último
membro do grupo é Luis Rosa Filho, conhecido como Lulinha, especialista
em falsificar escrituras públicas de terras para o grupo criminoso.
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