Moro aceita denúncia e 15 são agora réus por fraudes no Cenpes
SÃO
PAULO. O juiz Sérgio Moro aceitou denúncia contra 15 envolvidos em
irregularidades na construção do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento
Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, no Rio de
Janeiro. Entre os réus estão o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira,
Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, e nove executivos de
empreiteiras. Todos foram alvo da 31ª fase da Operação Lava Jato e deverão responder por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal,
o Consórcio Novo Cenpes (OAS, Carioca Engenharia, Construbase
Engenharia, Schahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia) pagou R$ 20
milhões, entre 2007 e 2012, em propina para conseguir o contrato. O
valor do contrato, que foi previsto em R$ 850 milhões, superou R$ 1
bilhão.
A lavagem de dinheiro alcança R$ 7,5 milhões, com
transações inclusive no exterior, por meio de offshores, no valor de US$
711 mil. Paulo Ferreira teria indicado pessoas, entre elas integrantes
de uma escola de samba, para receber dinheiro, num total de R$ 300 mil.
A
Operação Abismo incluiu construtoras que participaram esporadicamente
do cartel da Petrobras, como Construcap e Construbase, além de outras de
grande porte, como Carioca Engenharia, OAS e o Grupo Schahin. Também
foi identificada a participação de operadores de propina, comoq Adir
Assad, Roberto Trombeta, Rodrigo Morales, e Alexandre Romano,
ex-vereador do PT ue se tornou operador e assinou acordo de delação
premiada. Também os donos da Carioca Engenharia se tornaram
colaboradores da Lava-Jato.
Com a aceitação da denúncia,
tornam-se réus na ação: Roberto Ribeiro Capobianco (Construcap), Ricardo
Pernambuco Backheuser Júnior (Carioca Engenharia),
Ricardo
Backheuser Pernambuco (Carioca Engenharia), José Antônio Marsílio
Schwarz (Grupo Schahin), Léo Pinheiro (OAS), Genésio Schiavinato Júnior
(Construbase), Erasto Messias da Silva Júnior (Construtora Ferreira
Guedes), Edison Freire Coutinho (Grupo Schahin), Agenor Franklin
Magalhães Medeiros (OAS),
Adir Assad (doleiro), Rodrigo Morales
(operador), Roberto Trombeta (contador), Alexandre Correia de Oliveira
Romano (operador), Paulo Adalberto Alves Ferreira (ex-tesoureiro do PT) e
Renato de Souza Duque
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