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‘Não tenho nenhuma dúvida de que esta será a eleição do caixa 2’, diz presidente do PP

‘Não tenho nenhuma dúvida de que esta será a eleição do caixa 2’, diz presidente do PP
Foto: Divulgação
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou nesta segunda-feira (1º) que, com o fim do financiamento privado de campanhas, as disputas municipais deste ano será marcada por repasses irregulares. "Não tenho nenhuma dúvida de que esta será a eleição do caixa dois", avaliou Nogueira, ao defender que acabar com o repasse de empresas foi um “erro gravíssimo”. O senador acredita que nem o Ministério Público nem as campanhas terão condições de fiscalizar os candidatos que todos os municípios brasileiros. Acabamos com o financiamento e não criamos um sistema público. “Não tem como você usar o fundo partidário para bancar todas as campanhas", pontuou. Presidente do partido com mais nomes envolvidos na Operação Lava Jato, Nogueira afirmou que sempre se tentou criminalizar as campanhas eleitorais. Mas ele não é o único que acredita que haverá aumento dos casos de caixa 2 este ano. O tesoureiro do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE), concorda que provavelmente haverá aumento nos casos de recursos não contabilizados e acredita que não foi feita uma estruturação do financiamento público. "Não tem como fazer campanha que não seja franciscana agora", disse Eunício ao jornal Estado de S. Paulo. O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), contou que a aposta será uma campanha com menos recursos e uso de rede sociais para compensar a falta do financiamento de empresas. Para ele, qualquer sinal de “explicitação de riqueza” deverá chamar a atenção do MP. Espero que os órgãos de fiscalização exerçam o seu papel para que haja lisura no processo eleitoral", disse. O tesoureiro do PT, Márcio Macedo, disse que o fim da contribuição de empresas levará os partidos a buscarem campanhas mais "criativas". No caso do PT, há uma espécie de “dízimo” dos filiados, o que deve permitir uma melhor condição dos concorrentes. De acordo com levantamento do Estadão, entre repasses do Fundo Partidário e renúncias fiscais para bancar a propaganda no rádio e na TV, os mais de 30 partidos políticos brasileiros custaram aos cofres públicos cerca de R$ 9,4 bilhões nos últimos dez anos. Além da propaganda eleitoral e partidária na TV, esses recursos custearam aluguéis de sedes, viagens de dirigentes, compra de equipamentos e pagamento de pessoal de todas as legendas.

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