Anvisa proíbe venda de 5 marcas de extrato de tomate por ‘excesso’ de pelo de roedor
Quatro
lotes de extrato de tomate das marcas Elefante, Predilecta, Amorita e
Aro e um de molho de tomate tradicional da marca Pomarola tiveram a
comercialização proibida, nesta quinta-feira, por conterem pelo de
roedor em limite acima do tolerado pela legislação. A proibição da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) envolve a
comercialização e distribuição dos produtos dos lotes reprovados. Os
fabricantes deverão fazer o recolhimento dos estoques existentes no
mercado.
As análises dos produtos foram realizadas pelo
Laboratório de Saúde Pública de Santa Catarina (LA-CEN-SC) e baseadas na
resolução RDC 14/2014, que define limites maiores de tolerância para
matérias estranhas em alimentos e bebidas. Para produtos derivados de
tomate, é tolerado 1 em 100g; canela em pó, 1 em 50g; chocolate e
produtos achocolatados, 1 em 100g.
As decisões foram publicadas no
Diário Oficial da União. A resolução nº 1.995 proíbe a distribuição e
venda do extrato de tomate da marca Amorita, fabricado pela empresa
Stella D'Oro, lote L 076 M2P, válido até 01/04/2017. A resolução nº
1.996 proíbe a distribuição e venda do extrato de tomate da marca
Predilecta lote 213 23IE, válido até 03/2017, e também do extrato de
tomate da marca Aro, lote 002 M2P, válido até 05/2017. A Predilecta
Alimentos é responsável pela fabricação dos produtos. A resolução nº
1.997 proíbe a distribuição e venda do molho de tomate tradicional da
marca Pomarola, lote 030903, válido até 31/08/2017, e também do extrato
de tomate da marca Elefante, lote 032502, válido até 18/08/2017. A
Cargill Agrícola é a fabricante dos produtos.
O que dizem as empresas
A
Cargill informou ter tomado conhecimento da determinação da Anvisa com
relação aos lotes citados e que está trabalhando na adoção das medidas
necessárias em decorrência de tal determinação. A empresa reitera o
compromisso com o cumprimento de todas as normas de segurança dos
alimentos e padrões de higiene. Assegura ainda que os produtos dos
referidos lotes não oferecem qualquer risco à saúde de seus
consumidores. A Cargill diz estar à disposição para os esclarecimentos
que se façam necessários, e que os consumidores podem recorrer ao SAC
0800 648 0808) para o esclarecimento de dúvidas referentes aos produtos e
lotes em questão.
Em nota, a Predilecta Alimentos informou que o
caso se trata de notificação realizada pela Diretoria de Vigilância
Sanitária de Santa Catarina, acerca de lotes encontrado somente nessa
região. A empresa mesmo não reconhecendo o defeito apontado, recolheu
todos os produtos dos referidos lotes e tomou as providências que a
legislação determina. Ainda de acordo com a empresa, o processo
publicado no Diário da União está em fase de julgamento de recurso
apresentado.
A Predilecta salienta que opera "dentro dos padrões
nacionais e internacionais de acordo com a legislação vigente" e é
auditada periodicamente por empresas e órgãos reconhecidos mundialmente.
Além disso, "o controle de qualidade está presente em todas as etapas,
desde o cultivo da lavoura até a saída do produto pronto. Toda embalagem
possui um código que permite rastrear todas as informações referentes
ao produto, desde o cultivo, até o processamento na indústria. O alto
grau de automação de todas as linhas de fabricação, associada ao emprego
de práticas de fabricação certificadas internacionalmente, eliminam as
possibilidades de contaminação dos produtos", acrescenta a nota.
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