Estudante relata agressão e tentativa de estupro por parte de Feliciano
Foto: Agência Câmara
Uma estudante de 22 anos residente em Brasília, youtuber e militante
do PSC, relata ter sofrido assédio sexual, agressão e tentativa de
estupro por parte do deputado federal Pastor Feliciano (PSC-SP). O caso
está sendo investigado pelas polícias Civil e Militares. Segundo
informações da coluna Esplanada, do portal UOL, ela afirma o caso
ocorreu na manhã do dia 15 de junho deste ano, no apartamento funcional
do parlamentar, localizado na quadra 302 Norte da capital federal. Os
dois tinham se aproximado nos últimos meses – a jovem é frequentadora da
mesma igreja do pastor – e passaram a ser amigos, tendo ele se
oferecido para ser seu guia espiritual. De acordo com a estudante, ela
estava sendo agredida por Feliciano, que queria forçá-la a fazer sexo,
quando uma mulher desconhecida tocou a campainha, o que permitiu que ela
se desvencilhasse do ataque. A estranha tocou a campainha diversas
vezes. Ao ser atendida por Feliciano, disse ter ouvido gritos e
perguntou se estava tudo bem, recebendo do deputado uma resposta
afirmativa. A jovem gritava por socorro antes da interrupção. “Você está
gritando muito!, vai embora!'', teria dito Feliciano. Antes de ser
mandada embora, ela fora agredida com um soco na boca e puxada pelo
braço para a suíte do apartamento. Isto ocorreu após recusar uma oferta
dele de um cargo comissionado bem remunerado, em troca de ser sua amante
– segundo a moça, ele contou que já tinha uma amante nas mesmas
condições. Os lábios sangraram após o soco e ela se deixou arrastar até a
suíte, temendo as agressões. Por sorte, a situação foi interrompida.
“Ele estava diferente, com os olhos vermelhos. Ele queria que eu
terminasse com meu namorado e ficasse com ele'', relatou. A jovem
apresentou à coluna diálogos que teria mantido com o parlamentar. De
acordo com dois funcionários do PSC, o número de telefone registrado era
de fato usado como contato pessoal de Feliciano – o número foi trocado
há alguns dias. Em uma das mensagens, o deputado tenta convencer a
garota a não revelar o caso a seu namorado, porque este daria mais
credibilidade a ele. “Sabe do que mais tenho saudade? De te agarrar e
ficar olhando sua carinha linda de choro gritando não”, disse, por SMS.
Em outro diálogo, pelo aplicativo WhatsApp, a jovem diz a ele que a
assustou. Ao ser questionada do motivo, ela afirma: “Com tudo, Me chamou
para ir até a sua casa para resolver coisas sobre a UNE, me disse que
tinha outras pessoas lá, cheguei lá não havia ninguém. O senhor veio com
assuntos estranhos, me machucou...”. Um pouco depois, ela cita que ele
pediu para que as mensagens fossem apagadas. Em outra troca de
mensagens, no mesmo aplicativo, ela diz que sua boca está “extremamente
roxa”: “Passa batom pelo amor de Deus, kkkk. Melhor bem aqui que eu curo
vc”, respondeu ele.
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