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O jogo indecente

por Samuel Celestino
O jogo indecente
Foto: Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados
A desmoralização da política brasileira é de tal maneira que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e seus seguidores – que são muitos – estão agora imaginando uma fórmula para levar o processo que está no Conselho de Ética até o final desta legislatura, o que significa dizer por mais três anos. Se der certo, fato inaceitável porque seria um acinte, o grupo pretende manobrar em dois tempos: o primeiro deles, nesta primeira fase do processo, seria empurrá-lo até abril do próximo ano. Numa segunda fase, seus áulicos entrariam com uma nova representação, amparada nas mesmas acusações de cassação do mandato, fazendo o processo voltar à estaca zero, ou seja, à sua fase inicial, amparado num possível pressuposto constitucional do amplo direito de defesa. Este é o jogo que eles tramam. Se dará certo ou não só o tempo dirá. Deve-se também levar em conta de que Eduardo Cunha está posto contra a parede. Principalmente com as decisões recentes de partidos oposicionistas, a começar pelo PSDB, que decidiu trabalhar para a cassação do presidente da Câmara. Razões têm de sobra a partir do esquema montado na Petrobras e da milionária fortuna que Cunha mantém no exterior, já escancarada, que ele não consegue explicar.

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