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A Lava-Jato cresce, Temer cai

por Samuel Celestino
A Lava-Jato cresce, Temer cai
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
As delações do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, atingiram três políticos todos já do conhecimento público. São o presidente do Senado, Renan Calheiros, o ex-presidente da República, José Sarney, e o ex-ministro de Temer, Romero Jucá, que foi levado a se afastar do governo. Outros ministros estão a responder processos, ou citados em processos, que podem os levar a dificuldades possíveis mais adiante. A questão não fica por aí. Imaginava-se, pelo menos seria uma das presunções do governo, que a Operação Lava-Jato iria se fragilizar para permitir que políticos que formam a grande base de sustentação política do presidente em exercício ganhassem força. Boa parte deles envolvida em corrupção. A saída imaginada seria a fragilização da Operação Lava Jato. O que agora se vê é justamente o contrário: ao invés de perder substância, a Operação ganhou força. Está mais robusta do que antes. Diante da realidade, o presidente interino passou a apoiar a Lava Jato para ter o apreço da opinião pública. Não há a menor dúvida de que não é bem visto. Ao mesmo tempo, Dilma Rousseff também passa a cair diante dos acontecimentos recentes envolvendo delações. Já não é a cinderela honesta e pura que se dizia ser e repetia constantemente. As informações, a partir das delações, chegam ao conhecimento de que ela também estaria envolvida na marcutaia petista, que se tornará mais complexa quando Marcelo Odebrecht falar tudo o que sabe em relação aos dois governos, os de Lula e Dilma. Para ele não haverá alternativa a não ser a denúncia, também com a delação da OAS, através de Léo Pinheiro. Numa síntese, se o governo Temer se enfraquece antes de completar um mês no comando da República, Dilma vai despencar pelas informações que chegam, dentre elas em relação à refinaria de Pasadena, na época em que ela era presidente do Conselho Deliberativo da Petrobras e repetia “não saber de nada”. Parece que não foi bem assim.

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