Operação resgata sete pessoas de trabalho escravo no sudoeste baiano
Foto: MPT-BA
A Operação Café Amargo, coordenada pelo Ministério Público do
Trabalho (MPT), prendeu um fazendeiro e resgatou sete trabalhadores de
condições análogas ao trabalho escravo. A operação aconteceu em oito
cidades do sudoeste baiano e fiscalizou 16 fazendas em dez dias. Foram
fiscalizadas as cidades de Itambé, Barra do Choça, Encruzilhada, Cândido
Sales, Guanambi, Jacaraci e Malhada para verificar denúncias e
inspecionar propriedades que estão sendo alvo de inquéritos no MPT. A
equipe deve voltar a se reunir para nova operação de fiscalização na
mesma área assim que a colheita de café – principal produto agrícola do
local – se intensificar. De acordo com o procurador do Trabalho, Ilan
Fonseca, coordenador da operação, as fazendas inspecionadas são
investigadas por contratar trabalhadores para o período de colheita em
condições degradantes de alojamento, sem medidas de proteção à saúde e à
segurança dos lavradores e até mesmo a casos de trabalho infantil. As
indenizações pelos danos morais podem chegar a R$ 1,2 milhão e mais R$
110 mil deverão garantir o pagamento de rescisões de contrato de
trabalho dos resgatados. As denúncias de trabalho escravo podem ser
feitas pelo site www.prt5.mpt.mp.br ou
ainda pelo Whatsapp da Ceotrae – (071) 99905-5969. A operação contou
com a participação do Ministério do Trabalho e Previdência Social
(MTPS), com os auditores-fiscais do trabalho Jackson Brandão e Larissa
Jorge; com a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo
(Coetrae), através de seu presidente o assessor da secretaria estadual
da Justiça Social Admar Fontes, da Polícia Rodoviária Federal e da
Polícia Federal. Os sete trabalhadores resgatados foram encaminhados
para suas cidades de origem e tiveram as guias para solicitação de
seguro-desemprego expedidas. O fazendeiro preso em Itambé foi liberado
após prestar depoimento. Na fazenda dele foram resgatados cinco
trabalhadores, que estavam alojados em um curral sem as mínimas
condições de higiene. Todas as irregularidades encontradas estão sendo
listadas num relatório que vai subsidiar inquéritos no MPT.
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