Comando da PM proíbe uso de smartphones por agentes em patrulhamento
Conversas
pelo WhatsApp durante o serviço estão na mira do comandante-geral da
PM, coronel Alberto Pinheiro Neto. No boletim da corporação da última
sexta-feira, o oficial determinou que “o uso de smatphones ou tablets
por policiais militares em serviço se policiamento ostensivo que desvie o
policial de suas atribuições funcionais será considerado falta de
natureza grave”.
O coronel da PM aposentado Paulo César Lopes
explica que esse tipo de falta deve ser punido com prisão administrativa
e, dependendo da situação, pode motivar até a expulsão da corporação.
—
A falta grave também entra na ficha disciplinar do policial e pode
prejudicar uma promoção no futuro. A decisão do comando é acertada. O
uso do celular durante patrulhamento virou prática comum. E isso é grave
porque prejudica a prestação de serviço. O policial porta uma arma, tem
que agir com responsabilidade e precisa reagir rapidamente a estímulos —
afirma Lopes.
O comando da corporação justificou a decisão
argumentando que “para uma segurança sistêmica, o uso do rádio — meio de
comunicação oficial da PM — é obrigatório e fundamental, pois integra o
policial a uma extensa rede de segurança pública”. Embora reconheça a
“rapidez e praticidade na comunicação proporcionada pelo uso dos
aplicativos de mensagens instantâneas e redes sociais”, a PM alega que
especialistas afirmam que a utilização dos celulares “prejudica o
desempenho do policial, comprometendo a segurança, produtividade e
qualidade do serviço prestado à população”.
A partir da decisão, oficiais que fazem a supervisão das equipes nas ruas serão responsáveis por fiscalizar o uso dos aparelhos.
—
Acho que a punição é um exagero. Às vezes, o uso do WhatsApp ajuda o
trabalho policial. É muito mais rápido e prático — afirmou um PM de UPP
ao EXTRA.
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