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Crise econômica chega a cemitérios em época de Dia de Finados


Preparação para o Dia de Finados no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio
Preparação para o Dia de Finados no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio Foto: Fábio Guimarães
Lígia Modena

A crise econômica que se instalou no Brasil vem atingindo muita gente em vários setores. Agora, ela também bateu à porta dos cemitérios. Durante todo o domingo, véspera deste Dia de Finados, vários comerciantes fizeram promoção na venda de flores em frente ao Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro.
— Antes eu vendia a dúzia de monsenhor por R$ 10, mas agora estou fazendo por R$ 8. Se precisar, a gente diminui mesmo o preço. O que não pode é sobrar — contou Michelle Sabino, de 35 anos.
Na barraca ao lado, a comerciante Suely Gomes, de 51, também resolveu investir em preços mais acessíveis.
— Com essa crise no país, não tem como a gente vender muito caro — disse Suely.
Flores artificiais são proibidas nos cemitérios por reterem água, o que contribui para a proliferação da dengue.
Para evitar o tumulto neste feriado, milhares de pessoas resolveram antecipar a ida aos cemitérios. De acordo com a administração do que fica no Caju, cerca de 200 mil pessoas passaram pelo local no domingo.

Dia de Finados no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio
Dia de Finados no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio Foto: Fábio Guimarães
Nesta segunda-feira, feriado de Finados, quem passar pelo Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, pode conferir, das 8h às 18h, a exposição “Tributo a paz mundial”, que convida os visitantes a refletir sobre a crise humanitária e o conflito migratório. No local, refugiados da Síria e de outros países participam de um concerto. Às 8h e às 10h, tem missa católica. Às 9h, culto evangélico. Às 10h, revoada de balões. Às 11h, às 12h e às 13h, concerto musical.
Já no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, os portões abrem às 8h. Lá, os visitantes podem conhecer de perto costumes de outros países e a maneira como cada um reverencia seus entes queridos. Essa diversidade é mostrada na exposição “Saudade, o mundo abraça esse sentimento”. A programação tem dez missas, e a primeira é celebrada pelo cardeal arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta.
No São João Batista, o Dia de Finados tem até revoada de balões, além de dez missas entre 8h e 17h.

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