Crise econômica chega a cemitérios em época de Dia de Finados
A
crise econômica que se instalou no Brasil vem atingindo muita gente em
vários setores. Agora, ela também bateu à porta dos cemitérios. Durante
todo o domingo, véspera deste Dia de Finados, vários comerciantes
fizeram promoção na venda de flores em frente ao Cemitério São Francisco
Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro.
— Antes eu
vendia a dúzia de monsenhor por R$ 10, mas agora estou fazendo por R$ 8.
Se precisar, a gente diminui mesmo o preço. O que não pode é sobrar —
contou Michelle Sabino, de 35 anos.
Na barraca ao lado, a comerciante Suely Gomes, de 51, também resolveu investir em preços mais acessíveis.
— Com essa crise no país, não tem como a gente vender muito caro — disse Suely.
Flores artificiais são proibidas nos cemitérios por reterem água, o que contribui para a proliferação da dengue.
Para
evitar o tumulto neste feriado, milhares de pessoas resolveram
antecipar a ida aos cemitérios. De acordo com a administração do que
fica no Caju, cerca de 200 mil pessoas passaram pelo local no domingo.
Nesta
segunda-feira, feriado de Finados, quem passar pelo Cemitério Jardim da
Saudade, em Paciência, pode conferir, das 8h às 18h, a exposição
“Tributo a paz mundial”, que convida os visitantes a refletir sobre a
crise humanitária e o conflito migratório. No local, refugiados da Síria
e de outros países participam de um concerto. Às 8h e às 10h, tem missa
católica. Às 9h, culto evangélico. Às 10h, revoada de balões. Às 11h,
às 12h e às 13h, concerto musical.
Já no Cemitério São Francisco
Xavier, no Caju, os portões abrem às 8h. Lá, os visitantes podem
conhecer de perto costumes de outros países e a maneira como cada um
reverencia seus entes queridos. Essa diversidade é mostrada na exposição
“Saudade, o mundo abraça esse sentimento”. A programação tem dez
missas, e a primeira é celebrada pelo cardeal arcebispo do Rio, Dom
Orani Tempesta.
No São João Batista, o Dia de Finados tem até revoada de balões, além de dez missas entre 8h e 17h.
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