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Ministro recua e diz que jornada de trabalho não será ampliada: ‘12 horas é escravidão’

Ministro recua e diz que jornada de trabalho não será ampliada: ‘12 horas é escravidão’
Foto: Lúcio Bernardo JR / Câmara dos Deputados

Após dizer que o governo do presidente Michel Temer pretende aumentar a jornada diária de trabalho de 8 para 12 horas e provocar polêmica, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, voltou atrás e negou que a proposta de reforma trabalhista de Temer queira elevar o limite. Por causa da repercussão negativa da declaração, Nogueira decidiu, por determinação de Michel Temer, negar a proposição e dizer que apenas deu um exemplo. "Citei o exemplo dos hospitais, que têm a jornada 12x36 que é feita mediante convenção coletiva. 12hs é voltar ao tempo da escravidão, direito você mantém, não retira”, disse em entrevista à Rádio Estadão. O ministro tentou minimizar o impacto da fala ao afirmar que vem “do meio sindical” e, por isso, não “apresentaria proposta de aumento da jornada”. Serão mantidas as 44hs de trabalho por semana. Não se falou em aumentar a jornada para 48 horas semanais", argumentou. Na noite de quinta, Nogueira recebeu uma ligação do presidente Michel Temer. "O presidente me ligou, me orientou a reafirmar que o governo não vai elevar a jornada de 8 horas nem tirar direitos dos trabalhadores", contou. Ainda segundo o titular do Trabalho, o projeto de reforma trabalhista deve ser encaminhado ao Congresso Nacional no início de dezembro. 

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