Dilma diz que governo não aceitou barganha proposta por Eduardo Cunha
por Guilherme Silva / Camila Botto
Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR
Em entrevista a veículos internacionais, na manhã desta terça-feira (19), a presidente Dilma Rousseff afirmou que é vítima de um processo de impeachment baseado em uma "flagrante injustiça" e em uma "fraude jurídica e política". Segundo a presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente da Câmara, é motivado exclusivamente por vingança. "Ele queria três votos do partido do governo para inviabilizar o prosseguimento do seu pedido de afastamento, que tramita dentro da Comissão de Ética. Nós recusamos a fazer essa barganha", disse. Para Dilma, o processo corre dentro de contexto de "quanto pior, melhor". "Ele achava que se houvesse um processo de impeachment contra a presidente, ele sairia dessa questão de forma a não ser prejudicado", pontuou. A presidente voltou a falar que não pesa contra ela nenhuma denúncia de corrupção. "Sou vítima de um processo em que os meus julgadores, principalmente o presidente da Câmara, tem um retrospecto que não o abona para ser juiz de nada, o abona para ser réu", disse.
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