Temer é o primeiro a querer tirar Dilma, diz Lula
Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um ato que
reuniu artistas, intelectuais, políticos e a população, nos Arcos da
Lapa, no Centro do Rio de Janeiro, contrários ao impeachment da
presidente Dilma Rousseff. Mesmo rouco, Lula discurssou por
aproximadamente 30 minutos. De acordo com a Folha, Lula afirmou que a
derrota da presidente Dilma Rousseff na comissão especial que analisou o
pedido de impeachment "Não quer dizer nada". Lula ainda afirmoui que
aceitou voltar ao governo para "recuperar o páis" e defendeu uma mudança
no política econômica. "A comissão acabou de derrotar a gente. Mas
issso não quer dizer nada. A comissão foi montada pelo (presidente da
Câmara, Eduardo) Cunha. É o time dele. A nossa luta vai ser no plenário.
Domingo é que temos que ter clareza. Sabemos que temos que conversas
com os deputados", disse o petista. Segundo os organizadores, 35 mil
pessoas estiveram presentes no evento. A Polícia Militar não divulgou
estimativa de público. Em seu discurso, Lula classificou como "golpe" a
tentativa de afastar a presidente. O ex-presidente fez referências ao
golpe militar de 1964 e listou políticos do PMDB que considera como
"golpistas". "Veja quem quer tirar a Dilma. Primeiro Temer, segundo
Eduardo Cunha. Terceiro Geddel Vieira Lima. Quarto, Henrique Eduardo
Alves. Quinto, Padilha. Sexta, uma pessoas que voces conhecem bem,
Moreira Franco, que foi governador deste estado", disse, se referindo ao
ex-governador do Rio de Janeiro. O ex-presidente fez críticas ao ajuste
fiscal realizado durante o governo Dilma. "É bem verdade que a
companheira aprendeu a loção. Ela fez uma proposta de ajuste que nenhum
companheiro gostou. Foi feito para atender o mercado. O mercado dela não
é o banqueiro, é o povo consumidor", afirmou. Lula também defendeu a
democratização dos meios de comunicação. "Eles (a mídia) não querem
mudar. Dizem que são modernos, mas quando falam em regulamentar não
querem. Eu não quero uma regulamentação tipo China ou Cuba. Eu quero
tipo Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha. Quero uma regulamentação que a
gente possa responder a desfaçatez das mentiras da Época, Veja, Isto É e
do Jornal Nacional", disse Lula.
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