Defesa de Lula pede para ex-presidente ser julgado pelo Supremo
por Isadora Peron | Estadão Conteúdo
Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou nesta
terça-feira (24), um recurso no Supremo Tribunal Federal para que as
ações contra a sua nomeação para a Casa Civil não sejam extintas e sejam
levadas a julgamento no plenário da Corte. Os advogados pedem que o
tribunal reconheça que o petista teve status de ministro por cerca de
dois meses, entre 16 de março, quando foi nomeado, e 12 de maio, quando a
presidente Dilma Rousseff foi afastada pelo Senado, e considere as
"consequências jurídicas decorrentes dessa situação". A defesa argumenta
que o ex-presidente "preenchia, como ainda preenche, todos os
requisitos previstos no artigo 87 da Constituição Federal para o
exercício do cargo de ministro de Estado, além de estar em pleno
exercício de seus direitos políticos". Para os advogados do petista, não
havia impedimentos para Lula assumir a Casa Civil, já que ele não era
réu nem foi condenado em ação penal. Caso o Supremo acolha o pedido,
isso pode abrir uma brecha para que os advogados do ex-presidente
questionem atos do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato
na primeira instância, como a divulgação das conversas entre ele e a
presidente afastada Dilma Rousseff. Há uma intensa discussão no meio
jurídico sobre a legalidade desses áudios.
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