Polícia busca suspeitos de estupro coletivo no RJ
Equipes
da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) realizam, nesta
terça-feira, novas buscas aos suspeitos de envolvimento no estupro
coletivo de uma jovem de 16 anos no Rio. Quatro pessoas são consideradas
foragidas: Marcelo Miranda Correa e Michel Brasil da Silva são
suspeitos de divulgar o vídeo do abuso; Raphael Assis Duarte Belo
aparece numa foto com a vítima desmaiada; e Sérgio Luiz da Silva Júnior,
o Da Russa, apontado como chefe do tráfico no Morro do Barão, na Praça
Seca, Zona Oeste da cidade - local onde, segundo denúncia da
adolescente, ocorreu a violência sexual.
Nesta segunda-feira, dois suspeitos
do crime foram presos. Raí de Souza, de 22 anos, apresentou-se na Dcav e
recebeu voz de prisão. Em depoimento prestado na semana passada, ele já
havia admitido ter divulgado o vídeo da jovem. Já o jogador do Boavista
Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos - com quem a vítima contou à
polícia namorar -, foi preso quando dava uma entrevista num restaurante
no Centro do Rio. Ambos negam que tenha ocorrido um estupro coletivo.
Mais um suspeito identificado
A delegada Cristiana Bento, titular da Dcav, confirmou nesta segunda que a Polícia Civil identificou o sétimo suspeito
de participar do estupro coletivo. Segundo informações, ele foi
descrito pela vítima por uma tatuagem no braço, porém ainda não teve a
identidade revelada.
Delegada diz acreditar em estupro
Ainda
nesta segunda, durante entrevista coletiva na Cidade da Polícia, a
delegada Cristiana Bento disse não ter dúvidas de que a garota de 16
anos foi vítima de um estupro. A menina denunciou o crime e disse ter sido violentada por 33 homens.
-
A minha convicção é de que houve estupro, tanto que o rapaz aparece no
vídeo manipulando a menina. A gente agora quer identificar quantas
pessoas participaram - disse Cristiana Bento.
O chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, afirmou, na mesma coletiva, que "existem indícios fortes".
- Mas a polícia ainda não tem provas cabais para condenar essas pessoas - disse ele.
Jovem deve se mudar do Rio
A
jovem que denunciou o estupro coletivo ingressou no Programa de
Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), um
projeto federal intermediado pelo estado. Segundo a subsecretária de
Direitos Humanos, Andrea Sepúlveda, a adolescente está desde
quinta-feira da semana passada com escolta. Ele deve deixar o Rio e se mudar para outro estado.
-
Foi detectada uma ameaça grave (contra a jovem). Estamos muito
preocupados com a segurança dela. Estamos ainda na fase emergencial do
programa, mas ela já está sob proteção e num local seguro. A inclusão
dela (no programa) pode implicar que seja transferida para outro
município, estado ou até outro país, de acordo com a gravidade. No caso
dela, é provável que vá para outro estado - explicou a subsecretária.
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