OAB vai ajuizar ação para pedir recuperação e preservação do Rio São Francisco
Foto: Reprodução/ TV Globo
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) poderá ingressar com uma ação
civil pública para cobrar do Poder Público a recuperação e preservação
das bacias do Rio São Francisco, afetadas pela transposição das águas. A
Ordem ainda estuda realizar audiências públicas nos estados em que
ocorre as obras de transposição. O caso foi discutido pela OAB na última
terça-feira (17). O Conselho Pleno encaminhará à Comissão Nacional de
Direito Ambiental os debates realizados na sessão e outros entendimentos
da entidade ao longo dos anos sobre a transposição do São Francisco,
tema que a OAB tem acompanhado de perto, inclusive propondo ações
efetivas de controle e cobrança. O presidente nacional da Ordem, Claudio
Lamachia, afirmou que a transposição do rio é irreversível, pois mais
de 80% das obras foram concluídas, a um custo superior a R$ 8 bilhões.
“Não podemos brigar pela paralisação da obra, temos agora que focar na
cobrança dos compromissos assumidos pelo poder público de recuperar as
fozes do rio São Francisco e seus mananciais, que estão morrendo a uma
velocidade assustadora. Este é o rio da integração nacional, banhando
diversos Estados, e não pode padecer do descaso dos governantes”,
afirmou. O relator da matéria no Conselho Federal da Ordem, conselheiro
Pedro Donizete Biazotto (TO), explicou que as proposições chegaram ao
Pleno após a realização da III Conferência Internacional de Direito
Ambiental. Os conselheiros federais decidiram que a Ordem não deve
entrar como “amicus curiae” nas ações civis públicas em andamento, mas
sim elaborar ação própria com o entendimento construído pela entidade ao
longo dos anos. Para o conselheiro federal pela Bahia, Fabrício
Oliveira, a preocupação, neste momento, é poder contribuir para que
poder público seja obrigado a revitalizar bacia, para que partes do rio
que não morreram não cheguem a isso. Durante a Conferência de Direito
Ambiental, o presidente da OAB-BA, Luiz Viana, propôs que se
discutisse a questão da bacia do Rio São Francisco com viés jurídico,
mas com fundamentação técnica, e que fosse feito um estudo de uma ação
civil pública do São Francisco como um todo. “As coisas não acontecem
por acaso e a luta acontece em todos os
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