Representações contra juiz Sérgio Moro são arquivadas pelo CNJ
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
O Conselho Nacional de Justiça, através da Corregedora Nancy
Andrighi, arquivou na última segunda-feira (16) três representações
contra o juiz federal Sérgio Moro. Entre as representações, havia as que
argumentavam que Moro usurpou a competência do STF, por ser um juiz de
primeira instância e ter divulgado conversas entre a presidente afastada
Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, além de alegar que o juiz violou
prerrogativas constitucionais dos advogados de Lula ao grampeá-los. Uma
segunda representação interpelava a validade das provas que foram
obtidas através de interceptação telefônicas entre Dilma e Lula. O juiz
também foi acusado de ter sido parcial em suas ações na Operação Lava
Jato. Os argumentos utilizados pela corregedora nacional para justificar
o arquivamento das acusações da legalidade dos grampos telefônicos são
que o CNJ não “detém funções jurisdicionais que lhe autorizem invalidade
a atos processuais”. Em relação às divulgações dos conteúdos das
interceptações, Nanci disse que já existe um processo pela mesma razão
na Corregedoria local e que, por isso, não cabe o órgão nacional
analisar o mesmo fato. O mesmo argumento foi utilizado sobre a
representação de usurpação de competência do STF, uma vez que já existe
reclamação sobre esse fato no próprio STF. Segundo ela, o CNJ não pode
atuar sobre ações que já estão sob apreciação judicial. Em relação à
parcialidade de Moro, a corregedora alegou que a Corregedoria analisa
fatos administrativos e, por conta disso, essa análise cabe à própria
Justiça. Quatorze representações contra Moro chegaram à Corregedoria
Nacional de Justiça, órgão do CNJ desde março, quando ocorreu a condução
coercitiva do ex-presidente Lula. A corregedora já arquivou oito
representações.
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