Suplente de Delcídio Amaral é milionário sul-mato-grossense e amigo de ex-presidente Lula
Com
a cassação do senador Delcídio Amaral o seu suplente já pode assumir
naquela que é a sessão mais importante do Senado nos últimos 25 anos.
Pedro Chaves dos Santos Filho, de 75 anos, é um empresário muito
bem-sucedido do Mato Grosso do Sul, criador da Universidade para o
Desenvolvimento do Pantanal (Uniderp), uma das maiores instituições
privadas de ensino do Brasil. Chaves vendeu a Uniderp e outras quatro
universidades por R$ 246 milhões para o grupo Anhanguera. Quando o grupo
estrangeiro Fidelity Worldwide Investment comprou mais de 70% das ações
da Anhanguera, Chaves também lucrou.
Em
Campo Grande (MS), Chaves é uma figura influente da alta sociedade,
dono, além das já citadas instituições de ensino, de fazendas e lojas.
Tem amizade com o ex-presidente Lula e uma ligação familiar com o
pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava-Jato: sua filha,
Neca, é casada com o filho de Bumlai, Fernando. Por conta da amizade com
Bumlai e Lula, Chaves foi coordenador da campanha de Delcidio ao
governo do estado de Mato Grosso do Sul em 2014.
De acordo com as
investigações da Lava-Jato, Bumlai era uma das poucas pessoas que tinha
livre acesso ao Palácio do Planalto quando Lula era o presidente da
República.
Quando foi convidado para ser suplente do Senado em
2010, pelo Partido Social Cristão - o mesmo dos deputados Marco
Feliciano e Jair Bolsonaro - ele não escondia a amizade com Delcídio. Em
2014, ele foi um dos coordenadores da campanha do senador ao governo do
Estado de Mato Grosso do Sul - campanha perdida.
Em
2010, quando foi candidato ao Senado, Pedro Chaves apresentou ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma declaração de bens no valor de R$
69 milhões - entre os bens, três apartamentos na Barra da Tijuca, Zona
Oeste do Rio de Janeiro.
O
EXTRA fez contato para saber se Chaves votará contra ou a favor da
admissibilidade do processo de impeachment, mas sua assessoria em Campo
Grande disse que o empresário e professor iria aguardar a confirmação -
ou não - da cassação de Delcídio para se pronunciar.
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