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Madrasta de Micaella é acusada de agredir bebê de sete meses ao trabalhar como babá


Joelma no momento em que era detida pela polícia em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio
Joelma no momento em que era detida pela polícia em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio Foto: Fabiano Rocha
Rafael Soares

Uma vizinha da ajudante de cozinha Joelma Souza da Silva, de 43 anos, presa pelo homicídio de sua enteada, a menina Micaella Almeida Ramos, de 4 anos, acusa a mulher de ter agredido seu filho, hoje também com 4 anos, quando era babá da criança. Em entrevista ao EXTRA, a mulher, de 25 anos, contou que, por quatro meses no primeiro semestre de 2012 Joelma cuidou da criança, durante a semana, das 8h às 20h, quando a mulher voltava do trabalho, num shopping da Zona Norte do Rio. Segundo a vizinha, que descobriu as agressões quando a criança apareceu com manchas roxas embaixo do braço, Joelma também deixava seu filho sem comer.
— Quando eu deixava meu filho com ela, não imaginava que ela fosse fazer essas maldades. Só percebi que alguma coisa estava errada quando levei meu filho ao médico, achando que ele estava com pneumonia. Quando cheguei lá, ele disse que a criança estava desnutrida. E eu deixava todas as refeições com ela! No mesmo dia, fui tirar satisfação — conta a mulher, que pediu para não ser identificada.
O corpo de Micaella, de 4 anos, tinha escoriações no rosto
O corpo de Micaella, de 4 anos, tinha escoriações no rosto Foto: Reprodução/Fabiano Rocha
Ainda segundo a mulher, a criança, que tinha sete meses de idade à época, demonstrava que não se sentia bem ao ficar com Joelma.
— Sabe o bicho-papão? Ela era o bicho-papão para ele. Até hoje, ele não gostava de passar perto dela, morre de medo — conta.
Na tarde de ontem, durante o enterro de Micaella, no cemitério de Irajá, parentes e vizinhos da menina afirmaram que já haviam denunciado as agressões ao Conselho Tutelar de Ramos, na Zona Norte. Joelma e Felipe Ramos da Silva, de 30 anos, estão presos pelo crime desde terça-feira.
Micaella é enterrada em cemitério de Irajá
Micaella é enterrada em cemitério de Irajá Foto: Rafael Soares
— Toda a vizinhança já sabia que ela (Joelma) era uma mulher agressiva e que tratava a menina dessa forma, mas nunca pensamos que chegaria a esse ponto — disse a vizinha Verônica Machado.
Segundo Verônica, os vizinhos questionavam Joelma sobre as marcas na menina, mas a madrasta sempre respondia de forma agressiva.

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