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Morte de policiais aumenta 44% em 2015

Protesto contra morte de policiais em dezembro de 2015, da Ong ‘Rio de Paz’, em Copacabana
Protesto contra morte de policiais em dezembro de 2015, da Ong ‘Rio de Paz’, em Copacabana Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Luã Marinatto

O ano de 2015 registrou o maior número de policiais mortos em serviço desde 2009: foram 26 óbitos, um aumento de 44,4% na comparação com os 12 meses anteriores, quando houve 18 mortes. A maior parte dos casos refere-se a PMs (23), enquanto três agentes da Polícia Civil perderam a vida trabalhando ao longo do ano. Os dados constam nas estatísticas divulgadas ontem pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).
Os homicídios decorrentes de intervenção policial, como passaram a ser chamados os autos de resistência, também apresentaram crescimento, voltando, a exemplo de no caso dos policiais mortos, a patamar próximo ao do início do projeto das UPPs. Foram 644 registros do gênero, o índice mais alto desde 2010 — na análise frente ao ano anterior, quando foram 584 ocorrências, a subida é de 10,3% (veja mais no quadro ao lado).
Já a taxa de homicídios dolosos, de 25,4 por cem mil habitantes, foi a segunda menor dos últimos 25 anos, perdendo só para 2012 (25,1). Confrontando com 2014, houve uma queda de 15,1% nesse tipo de morte (4.197 casos, contra 4.942). Também foi registrada redução em todas as outras modalidades de “crimes violentos”, como lesão corporal, roubo seguido de morte — o latrocínio — e estupro.
Entre os roubos, constatou-se diminuição de 18,5% nos casos envolvendo pedestres, que atingira o patamar mais alto desde 1991 no ano anterior. Por outro lado, foi a vez de os registros de roubos de celular e de carga baterem recorde, com aumento de 55,4% e 22,7%, respectivamente.

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