Troca de suporte e cintas de cilindros de GNV chega a custar R$ 560 no Rio
Como se não bastasse o prejuízo dos motoristas de carros movidos a Gás Natural Veicular (GNV)
com o aumento da alíquota do IPVA de 1% para 1,5%, este ano, agora os
condutores vêm sendo obrigados a desembolsar até R$ 560 para instalar um
novo modelo de suporte e cintas que prendem o cilindro. Sem os itens,
não é possível fazer a vistoria anual.
Segundo as
oficinas credenciadas para a instalação do kit-gás, o Inmetro determina
que o material antigo, feito de ferro, seja trocado pelo novo, de aço,
com o selo do instituto.
— Os suportes de antes eram feitos cada
um de um jeito. O pessoal (instaladores) cortava, emendava... Esse agora
é mais seguro, porque tem um padrão (de fabricação) — disse Pedro Paulo
Corrêa, um dos donos da Reteste Gás, em Benfica, na Zona Norte do Rio.
Segundo
ele, o custo do item e da instalação varia de R$ 280 a R$ 560. Na
Delgás da Tijuca, também na Zona Norte, o preço total é R$ 400.
Para economizar, o taxista Rodrigo Nonno, de 36 anos, que trabalha no Rio e mora em Niterói, foi a várias oficinas:
—
Fiz o serviço em São Gonçalo, porque descobri um preço melhor: R$ 220.
Eu até perguntei para o instalador qual é a diferença desse suporte para
o antigo. Ele disse que o antigo é até mais forte do que o atual.
A jornalista Daniella Rosa, de 40 anos, reclama do alto custo e da falta de divulgação sobre a obrigatoriedade.
— Custa R$ 330 na Ilha do Governador — disse ela.
O
EXTRA perguntou ao Inmetro sobre quando passou a valer a determinação,
se houve divulgação e quais as diferenças entre o novo e o antigo
suportes, mas a autarquia limitou-se a informar que a mudança vale para
veículos que não estiverem em conformidade com um regulamento criado em
2003.
O motorista que não fizer a alteração não poderá fazer a
vistoria do kit-gás e, assim, obter o CSV, para apresentar na vistoria
anual do veículo, no Detran-RJ. Segundo o órgão, sem a vistoria, o
motorista pode ter o carro apreendido e pagar multa de R$ 191,54, além
de perder sete pontos na carteira de habilitação.
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