Via Expressa: de ‘pessoa essencial’, Léo Pinheiro acendeu alerta no Palácio do Planalto
Léo Pinheiro era o 1º da fila na inauguração | Fotos: Carol Garcia / GOVBA
Duas pontas do noticiário se entrelaçam no discurso da
presidente Dilma Rousseff durante a inauguração da Via Expressa Baía de
Todos os Santos. A data foi 1º de novembro de 2013. À época, Dilma
rendeu elogios à equipe do então governador Jaques Wagner. Porém, um
trecho do discurso, publicado no site do Palácio do Planalto, mostra a
íntima relação entre o meio político e o presidente da OAS, Leo Pinheiro
– condenado a 16 anos de prisão por fraudes desvendadas na Operação
Lava Jato. Em meio aos presentes, Leo Pinheiro foi saudado como “pessoa
essencial para a conclusão dessa obra”. Dilma afirmou ainda que, por ser
presidente da construtora OAS, “que é a responsável por essa obra de
engenharia”, “merece nossa admiração”. Para concluir a referência ao
então aliado do governo, Dilma sacramentou: “obrigado, Léo”.
Além de saudar Léo Pinheiro na inauguração da Via Expressa, Dilma imortalizou a 'rótula do quiabo'
Dificilmente essa fala se repetiria no atual contexto. Léo Pinheiro foi condenado e a própria obra da Via Expressa acabou questionada pelo Tribunal de Contas (TCU). De “pessoa essencial”, o dirigente da OAS passou a ser motivo de preocupação. E, nesse mesmo discurso, Dilma imortalizou a descrição de que o trânsito na Rótula do Abacaxi iria “correr que nem quiabo”. Mais ou menos como os políticos ao serem envolvidos em polêmicas, tais como as mensagens trocadas com Wagner, agora ministro da Casa Civil. Léo Pinheiro continua essencial, porém de outra maneira: para explicar as imbrincadas relações entre agentes públicos e grandes empresários no Brasil.
Dificilmente essa fala se repetiria no atual contexto. Léo Pinheiro foi condenado e a própria obra da Via Expressa acabou questionada pelo Tribunal de Contas (TCU). De “pessoa essencial”, o dirigente da OAS passou a ser motivo de preocupação. E, nesse mesmo discurso, Dilma imortalizou a descrição de que o trânsito na Rótula do Abacaxi iria “correr que nem quiabo”. Mais ou menos como os políticos ao serem envolvidos em polêmicas, tais como as mensagens trocadas com Wagner, agora ministro da Casa Civil. Léo Pinheiro continua essencial, porém de outra maneira: para explicar as imbrincadas relações entre agentes públicos e grandes empresários no Brasil.
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