Prestes a selar acordo de delação, ex-deputado cita Jaques Wagner e Aécio Neves
Pedro Corrêa | Foto: Roberto Stuckert Filho /PR
O ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, na iminência de fechar um
acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República no
âmbito da Operação Lava Jato, adiantou ter informações que podem
encrencar aproximadamente cem políticos, ligados tanto ao governo Dilma
Rousseff quanto à oposição. Entre eles, estão dois ministros do governo –
Jaques Wagner, da Casa Civil, e Aldo Rebelo, da Defesa – e o senador
Aécio Neves (PSDB). Preso atualmente em Curitiba, Corrêa foi condenado a
20 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro nos esquemas de
corrupção na Petrobras. A menção a Wagner, figura central do governo, o
mantém mais uma vez sob os holofotes da Lava Jato, já que se soma à
delação do ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, de que
teria recebido grande volume de recursos desviados da Petrobras para
custear sua campanha a governador da Bahia, em 2006.
Por outro lado, Aécio Neves já havia sido mencionado como destinatário
de R$ 300 mil em propina também proveniente da estatal, na delação de
Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, entregador de dinheiro do
doleiro Alberto Yousseff.
De acordo com a Folha de S. Paulo, apesar das citações, Corrêa ainda
não entregou documentos comprobatórios da participação destas pessoas
nos esquemas de corrupção na Petrobras. A assessoria de Wagner afirmou à
publicação que não se pronunciaria sobre o assunto, já que não sabe as
circunstâncias em que foi citado por Corrêa. Já Aldo Rebelo e Aécio
Neves preferiram não se manifestar. A assessoria do tucano afirmou que
também não sabe os termos que o senador foi mencionado.
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