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Collor é o primeiro a chegar para a sabatina e se posiciona em frente à cadeira de Janot

 

Eduardo Bresciani e Vinicius Sassine - O Globo

BRASÍLIA - Denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na última quinta-feira, o senador Fernando Collor (PTB-AL) foi o primeiro parlamentar a chegar à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para a sabatina que analisará a recondução de Janot ao cargo. Collor chegou às 9h41 na CCJ, antes, portanto, do início da sabatina, marcado para as 10 horas. Ele se sentou na primeira fila, praticamente em frente à cadeira onde o procurador-geral ficará.
O procurador-geral chegou às 9h34 acompanhado de outros procuradores. A Polícia Legislativa do Senado fez um cordão de isolamento e Janot respondeu apenas que estava tranquilo para a sabatina. Ele foi escoltado até uma sala nos fundos do plenário da CCJ, onde funciona a secretaria da comissão.
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Collor e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foram os primeiros parlamentares denunciados por Janot na Operação Lava-Jato. Eles são suspeitos de corrupção e lavagem de dinheiro. O senador vem empreendendo uma ofensiva contra o procurador-geral desde o início das investigações. Já o chamou, na tribuna, de "fascista" e "filho da p...".
O mandato de Janot termina em 17 de setembro. Ele foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para ser reconduzido, o que precisa ser aprovado pelo Senado. Após a sabatina, a CCJ votará a indicação e, em seguida, é a vez do plenário. Mesmo com o clima de animosidade entre senadores investigados, a previsão é de aprovação da recondução do procurador-geral.
A equipe da PGR distribuiu um material de balanço da atuação do procurador afirmando que o combate à corrupção foi uma prioridade nesses seus dois primeiros anos de mandato.
O material destaca a recuperação de R$ 485 milhões e o bloqueio de R$ 517 milhões na Operação Lava-Jato. Ressalta também o bloqueio de recursos relativos à Operação Anaconda e ao caso do deputado Paulo Maluf (PP-SP). Enfatiza ainda a celebração de 62 acordos de cooperação jurídica internacional. A produtividade é destacada, com a informação de que hoje apenas 338 processos estão no gabinete do procurador contra 2.330 que ele recebeu em 2013 do antecessor Roberto Gurgel.

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