O PT pirou
Foto: Divulgação
É muito provável que o prefeito ACM Neto esteja a rir com a
estranha decisão, desconexa em todos os sentidos, do diretório do
municipal do PT que foi buscar na sua sacola de candidatos seis nomes
para a escolha de um deles e lançá-lo candidato a prefeito de Salvador
nas eleições do próximo ano. A estranha e esdrúxula decisão
surpreendeu. Em plena crise nacional do partido que coloca em xeque Lula
e Dilma, como se observou nas manifestações de domingo em praticamente
todas as capitais. Houve exceções, claro. Uma delas sobrou para o
diretório municipal de Salvador. A legenda parece ter pirado de vez. Dos
sete nomes pinçados, alguns foram derrotados nas últimas eleições, como
Yulo Oiticica. Nelson Pelegrino parece ter desistido de vez do sonho de
ser prefeito. Já o senador Walter Pinheiro está prestes a chutar a
barraca petista. Outros mais foram listados sem a menor possibilidade
de, sequer, se apresentar como candidatos em condições mínimas de
derrotar o atual prefeito. De ponta cabeça não está apenas o PT de Lula,
enfrentando dificuldades inimagináveis (para ele), mas o agrupamento de
Salvador, que, por não sabe o que fazer – perdoa-se, portanto.
Arrebanhou o seu saco de gatos a demonstrar que, pelo menos nesta
capital entendem – é o que se supõe – que eles, os gatos, estão
vivos. Não só. O PT municipal sequer consultou seus aliados. Ora,
disputar a prefeitura de Salvador não se resume num projeto ridículo,
fora de tempo, que deve ter causado espanto no governador Rui Costa, que
aparece bem nas pesquisas de opinião. Pelo que se sabe, ele trabalha
para, se possível, conseguir eleger aliados (independente do PT ou não)
nos principais municípios da Bahia onde acontecerão dois turnos nas
eleições municipais do próximo ano. Se o PT municipal não consultou o
governador, deveria tê-lo feito, para que ele não se arrepiasse com os
integrantes da legenda na capital. Interne-os, portanto, num manicômio
apropriado a políticos banzos.
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