Cunha usou Assembleia de Deus para receber propina da Petrobras
Foto: Reprodução / Facebook
A igreja evangélica Assembleia de Deus teria sido utilizada pelo
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), como meio de
receber propinas desviadas da Petrobras. A informação está na denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta
quinta-feira (20). O documento detalha que Fernando Baiano – braço
direito do PMDB no esquema investigado pela Operação Lava Jato –
orientou o lobista Júlio Camargo, da empreiteira Toyo Setal, a efetuar
dois depósitos de R$ 250 mil para a igreja. Na acusação, a PGR afirma
que Camargo nunca fez qualquer tipo de doação à Assembleia de Deus e que
os depósitos tiveram como finalidade quitar dívidas com o deputado. “É
notória a vinculação de Eduardo Cunha com a referida igreja. O diretor
da referida igreja perante a Receita Federal é Samuel Cássio Ferreira,
irmão de Abner Ferreira, pastor da Igreja Assembleia de Deus de
Madureira, no Rio de Janeiro, que o denunciado frequenta. Foi nela
inclusive que Eduardo Cunha celebrou a eleição para a presidência da
Câmara dos Deputados, conforme amplamente divulgado pela imprensa”,
avalia o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
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