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CBF festeja alta na média de público e projeta recorde para Brasileiro deste ano

Torcida do Fla encheu o Maracanã.
Torcida do Fla encheu o Maracanã. Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo



Leo Burlá

A qualidade de muitos dos espetáculos ainda é questionável, os serviços oferecidos também estão longe da excelência, os preços dos ingressos nem sempre são convidativos, mas é fato que, aos poucos, a média de público pagante tem crescido na Série A do Campeonato Brasileiro. Na última rodada, as dez partidas registraram uma média de 28.551 torcedores por jogo, a melhor marca em todas as 16 rodadas da competição.
O aumento gradativo nos números é motivo de festa nos corredores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que vive uma grave crise de credibilidade com os recentes vexames da seleção brasileira e a prisão de José Maria Marin, antecessor de Marco Polo del Nero na presidência. A projeção conservadora é que a atual edição do Brasileiro registre uma média de 18 mil pessoas, o que representaria um recorde histórico. Desde o início da disputa por pontos corridos, o torneio de 2009 foi o que registrou o melhor resultado: 17.807 torcedores.
— São alguns fatores que passam por composição de tabela e o momento vivido pelos clubes. O foco tem de estar nos detalhes, é isso que vai atrair o torcedor que está ausente. Há uma exigência maior — opinou Manoel Flores, diretor de Competições da CBF.
Torcida do Fluminense prestigiou estreia de R10.
Torcida do Fluminense prestigiou estreia de R10. Foto: Márcio Alves / Agência O Globo
A melhora nos números, no entanto, ainda não aproxima o Brasil do topo da tabela de média de público dos principais campeonatos nacionais. Em estudo elaborado pela Pluri Consultoria, o país teve apenas a 15ª melhor média em 2014, e ficou atrás de México, Argentina e Turquia, por exemplo.
Se considerada apenas a taxa de ocupação, o futebol pentacampeão ocupa uma posição ainda menos honrosa, com apenas 34% de estádios preenchidos na última edição do Brasileirão.
— O Brasil deveria estar em sexto ou sétimo nessa lista de média. Mas este ano os estádios novos seguem movimentando os torcedores e esse horário de 11 horas criou uma onda. O Brasil é muito movido a estes movimentos coletivos. Estamos criando um ciclo virtuoso, mas ainda há o que melhorar — disse Fernando Ferreira, diretor da Pluri Consultoria.


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