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Corpo de diácono é encontrado concretado no chão do banheiro de casa, na Zona Norte


Operação contou com caveirão da Core
Operação contou com caveirão da Core Foto: Divulgação / Polícia Civil
Rafael Soares

Policiais da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) encontraram, na tarde de ontem, o corpo do diácono Daniel Carlos de Souza, de 42 anos, concretado no piso do banheiro da casa onde morava, na favela São José da Pedra, em Cavalcante, na Zona Norte do Rio. A especializada investigava o desaparecimento de Daniel, que trabalhava na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Água Santa, também na Zona Norte, desde semana passada, quando parentes registraram o desaparecimento na delegacia. O principal suspeito do crime é um morador de rua, que foi abrigado pelo diácono há um mês.
Os agentes foram até o local após vizinhos reclamarem do cheiro da casa à família da vítima. A casa — que fica no topo de uma favela dominada pelo tráfico — estava vazia. Um dos banheiros, lotado de entulho, chamou atenção dos policiais. Após escavar o local, os policiais encontraram o corpo sob o piso do box. Numa das paredes, a perícia detectou manchas de sangue.

Diácono abrigava um morador de rua em sua casa
Diácono abrigava um morador de rua em sua casa Foto: Reprodução
— A confiança da família no trabalho da polícia foi fundamental. Quando receberam informações de vizinhos, entraram em contato conosco. Foi esse canal que permitiu que encontrássemos o corpo. Agora, as investigações continuam para chegarmos até o culpado pelo crime — afirmou a delegada Elen Souto.
Em depoimento, um parente do diácono contou que, duas semanas após Daniel parar de atender o celular, foi à favela procurá-lo, no início da semana passada. Foi informado por vizinhos que o diácono estava abrigando um morador de rua que vivia na região. Quando chegou à casa, foi atendido pelo homem, que afirmou que havia “adquirido o imóvel de Daniel”. Aos policiais, o parente de Daniel afirmou que o homem ainda disse que, no dia seguinte, iria encontrar o diácono em Cascadura para pagar a “segunda parcela do imóvel”. Um dia depois, o parente voltou à casa, que estava trancada e vazia. A família, então, decidiu registrar o caso.
Corpo estava sob o piso do box do banheiro

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